Hoje, os clubes de futebol são empresas que movimentam milhões de euros. Estão cotados em bolsas e têm obrigações iguais às de qualquer outra empresa. No entanto continuam a ser geridos a brincar, como se de uma associação ou clube recreativo se tratasse. Sem profissionalismo e exigência. Esquecendo que são empregadores e deles dependem centenas de pessoas.
Colocam-se em lugares de gestão e de decisão, pessoas que não têm qualquer formação (e aqui não falo só em formação académica, falo também de formação pessoal). Como se o seu nome ou o seu curriculum de troféus (que ganharam como jogadores ou treinadores) lhes desse capacidade para gerir seja o que for.
A maioria deles nem sequer sabe gerir o próprio dinheiro. Daí vermos muitos ex-jogadores sem “chêta”. Enquanto jogavam e ele “pingava” era gastar à “tripa forra” e depois… enfim. Uns têm cafés e restaurantes, os outros dependem dos clubes, que lhes dão cargos de treinadores de iniciados.
O exemplo de Sá Pinto é flagrante. Mais ainda quando se sabe do que se tinha passado há uns anos atrás com Artur Jorge. Diga-se que Liedson também não é, nem nunca foi, um santo. O que sería se numa empresa cotada em bolsa (pensarei num BES, PT, GALP, Soares da Costa, sei lá…) um director andasse ao soco com um funcionário?