Introduzida em 1980 (até 1994), a 1ª geração era muito limitada em termos de serviços disponíveis, desde as funções de segurança até a capacidade de “roaming”. A base da 1G estava nas redes analógicas sem fios, o processamento de voz e comunicação entre telefones faziam-se de forma analógica. A frequência era de aproximadamente 900 MHz e foi utilizada a técnica FDMA – Frequency Division Multiple Access. Nessas redes cada utilizador tinha para si uma fatia do espectro. Esta técnica era mais simples, mas as interferências eram em elevado número em comparação com outras técnicas que se seguiram (porque nestas, todos os utilizadores podiam usar a largura de banda, ao mesmo tempo). As velocidades de troca de dados eram de 2,4 kbps.
Em 1991 (até 2001), chegou a 2ª geração de comunicações móveis, com uma evolução ao nível da transmissão. O analógico foi substituído por técnicas de modulação digital com velocidades entre 9,6 e 14,4 kbps. Passados alguns anos, foi introduzida uma novidade: o WAP (Wireless Application Protocol) que permitiu um acesso limitado à Internet. O WAP oferecia informações em formato de texto no telemóvel, mas estava muito longe da Internet a que o utilizador estava habituado no PC. Nesta altura, com a 2G, vários “standards” foram criados: GSM (Global System for Mobile communication) estabelecido na Europa; PDC (Personal Digital Cellular) estabelecido no Japão; TDMA estabelecido na América, Àsia e Nova Zelândia. Todos estes sistemas utilizavam TDMA (Time Division Multiple Access) para fazer a multiplexagem (processo pelo qual múltiplos canais de dados, provenientes de diferentes fontes, são combinados e transmitidos através de um único canal), e funcionavam nas frequências de 800 MHz e 1900 MHz.
A chegada de um novo sistema de ligação, o GPRS (General Packet Radio System), esteve na origem de uma geração intermédia – a geração 2,5G. Este sistema permitia maior velocidade (até 40 kbps) e largura de banda, e foi uma extensão do GSM, permitindo aperfeiçoar as capacidades de acesso móvel à Internet (com um sistema baseado na transmissão de pacotes de dados). Cada telefone tinha o seu endereço IP e podia ser identificado na rede. As vantagens do GPRS eram uma ligação permanente, estabelecida instantâneamente e a possibilidade de pagar o serviço tendo em conta a informação transmitida/emitida (e não o tempo de ligação). Mais alguns anos passaram e apareceu o EDGE, protocolo que apareceu como uma evolução do GPRS e permitiu a troca de informação de dados com velocidades até 384 kbps.
A 3ª geração (UMTS) veio em 2002 (até 2005) oferecer uma cadeia de soluções com mais rapidez, confiança, segurança e disponibilidade de serviços móveis. A 3G teve várias melhorias em relação à anterior, como por exemplo: utilizando um espectro de frequências mais alto e mais eficientes métodos de codificação podiam atingir velocidades de troca de dados até 2 Mbps; na mesma ligação fazia multiplexagem de serviços com diferentes exigências de qualidade (voz, vídeo e dados). A multiplexagem utilizada era CDMA – Code Division Multiple Access. Era possível um acesso sem limites à internet.
Enquanto não se concluia a nova geração apareceram alguns desenvolvimentos que permitiram novas velocidades e qualidade de serviço. O HSDPA – High-Speed Downlink Packet Access foi o protocolo conhecido como 3,5G, que opera em W-CDMA (Wide-Band CDMA) permitindo a transmissão de dados até 14,4 Mbps na banda de 5 MHz. Isto permitiu a entrada de serviços multimédia que vieram revolucionar a telefonia móvel.
Em 2004 previa-se que a geração 4 – à qual se chegou a chamar Super UMTS – funcionasse entre 40 e 60 GHz, utilizasse multiplexagem OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing), permitisse velocidades de troca de dados entre 2 e 20 Mbps, e que o suporte de dados fosse feito com IPv6 (versão mais actual do protocolo IP). Estamos em 2010 e a 4G está aí ao virar da esquina. Ela chama-se LTE – Long Term Evolution, e funcionará nas frequências 2,6 GHz e 800/900 MHz. Com esta nova versão teremos no telemóvel velocidades de dados na ordem dos 100 Mbps.