O assunto é futebol, não estivessemos nós em ano (e mês) de campeonato do mundo. Mas é um futebol diferente, pelo menos não é igual ao futebol de que gosto e que estava habituado. É diferente dentro e fora do relvado.
Dentro do relvado, parece que já não se ganha jogos com esforço, trabalho de equipa e golos. Isto, a julgar pelas escolhas de Queiróz – que escolheu mais jogadores de propensão defensiva do que ofensiva para disputar o Mundial – e também pela falta de empenho e excesso de individualismo dos atletas.
Nas bancadas também tudo agora está mudado. Já não se ouvem os “aaahh” – quando o central corta um excelente passe do médio para o avançado – os “uuuhh” – quando o avançado falha o golo à boca da baliza – ou até o “goooolo” quando a bola toca as redes. Agora só se ouve o “pooohhh” das irritantes gaitas.
Além disso, é engraçado ver como são diversos os espectadores. Olhando para as bancadas só se vêem telemóveis e câmaras em riste para gravar o momento. É raro ver alguém a olhar para a bola, para o jogo. Está é tudo a gravar a imagem do CR7 ou do estádio ou do cenário. A maioria não está lá porque aprecia futebol, está para dizer que esteve.
Partilho da tua opinião e penso que se pode generalizar a outros eventos que não o futebol. O Mundo tem mudado muito.
Vi à pouco tempo um sociólogo dar uma palestra onde referia que são necessárias em média 2 gerações para esbater uma memória colectiva. A ser verdade isto significa que o teu filho ainda gostará de ver o “velho” futebol, muito por influência tua. Mas o teu neto já não se importará com este novo futebol…
Parece que o Mundo é mais rápido que a mente 🙂
Assim parece caro Luis…