Por definição, uma Nação é um território onde vive um Povo. E esse Povo fala a mesma língua, tem os mesmos costumes, hábitos e tradições. O Povo tem consciência nacional e uma religião. Mas acima de tudo, uma Nação é a união das pessoas que formam este Povo e que, por sua determinação e convicção, quiseram viver colectivamente.
Hoje, se a língua ainda nos une tudo o resto nos separa. Há uns tempos atrás tinhamos os mesmos hábitos e costumes, mas agora isso não acontece, fruto de toda a informação que trazemos das nossas visitas ao estrangeiro ou que vamos buscar através da internet. Há uns anos atrás partilhavamos tradições e respeitavamos as do vizinho, mas agora radicalizamos posições e fazemos guerra.
Sobre religião não vale a pena falar muito. Os últimos tempos têm mostrado como muita gente não se contenta em borrifar-se para ela, como além disso tenta “criminalizar” quem tem uma. A consciência nacional não existe. Hoje, ninguém tenta perceber as diferenças, compreender os seus direitos e deveres, ou respeitar os direitos do próximo.
Nos dias que correm a única coisa que partilhamos é mesmo este pequeno território. Mas apesar de tudo conseguimos andar sempre “aos empurrões” tentanto “levar a melhor” sobre o espaço do outro. Pergunto: queremos mesmo viver colectivamente? ou somos apenas uma cambada de egoístas que tem “Nacionalidade: Portuguesa” no Bi?
Somando tudo isto, ao estado do Estado, ao estado do Governo, ao estado da Economia, ao estado das Finanças, ao estado da Saúde, ao estado da Educação, ou à grave crise social e de valores por que passamos… creio que o Estado da Nação (se é que ela existe) é muito preocupante.