Ao contrário de muita gente – principalmente da esmagadora maioria dos comentadores da comunicação dita social – não tenho qualquer problema em afirmar que Carlos Cruz (CC) é culpado. Perguntam-me se conheço o processo para o afirmar? Não, não conheço! Pura e simplesmente acredito na justiça, nos juízes, nos tribunais. Aliás, mais motivos tenho para acreditar que CC é culpado depois de todo o circo que ele montou nos últimos dias à volta do processo.
Inicialmente CC referiu que queria manter reserva para não prejudicar a investigação, e que confiava plenamente na Justiça. Disse que a verdade acabaria por vir à tona e ele seria ilibado. Ora, saída a sentença que dá como provados 2 crimes (O que não invalida que tenha cometido outros. Simplesmente não foram provados) vem CC aproveitar-se da sua influência nos média para descredibilizar os tribunais. Diga-se que neste caso a RTP, televisão pública (!!), tem tido uma atitude vergonhosa de favorecimento descarado.
Se CC estivesse de facto inocente conseguiria prová-lo. Ou, no mínimo, a acusação não conseguiria provar os crimes pelos quais CC foi acusado. Como Sá Fernandes não tem factos para provar a inocência do seu constituinte, ou factos para desmontar a acusação e as provas, vem agora ameaçar lançar 200 nomes na praça pública. A isto chama-se “Desespero”.
Repare-se que CC disse estarem entre os 200, vários políticos e ex-políticos, jogadores e ex-jogadores de futebol, apresentadores, etc. Salientou que há várias figuras públicas. Ou seja, CC quer meter medo, principalmente aos políticos (que sabe terem influência sobre a Justiça… atente-se ao caso Freeport e Face Oculta) para tentar, a reboque deles, conseguir que o caso seja “bem embrulhado e deitado ao fundo do mar”.
Com esta atitude CC vai apenas demonstrar o quanto é incoerente, mal intencionado e cobarde. Vai fazer exactamente aquilo de que se queixa. Ou seja, lançar para a confusão nomes que não têm ligação ao caso, e outros que se provou não terem nada que ver com o assunto. Vai lançar na lama figuras públicas inocentes que provavelmente verão o seu bom nome beliscado, e quiçá vidas e carreiras destruídas.
Nem sei porque estou a escrever este comentário… Mas, não resisto, com todo o respeito, a comentar a parte que diz que simplesmente acredita na justiça, nos juízes, nos tribunais. Eu também acredito, mas a justiça tem que ser clara, certa, aceite e, mais do que tudo, percebida. E quando deixar de perceber como a justiça é aplicada deixo de acreditar nela. Isso exijo a mim mesmo, como ser humano, com capacidade para pensar e perceber.
Se não tivessemos este direito de pensar e questionar, aceitariamos, por exemplo, que a tal mulher fosse apedrejada pois foi a justiça, os juizes e os tribunais que declararam que o fosse.
Caro Luís,
Se não podemos confiar na Justiça não estamos num Estado de Direito.
A Justiça é cega e rege-se pelas leis aprovadas pelos políticos eleitos pelo povo.
Se quer perceber como a Justiça actua, e aplica as leis, leia-as.
Quanto ao resto, nada tem que ver com este caso. Escuso-me portanto a comentar.
Vim aqui parar por acaso, mas também não resisto a deixar o dizer o seguinte: da leitura das leis resulta efectivamente pouco de como funciona a justiça (e sim, por inerência profissional tenho de ler muitas e de assistir à aplicação das mesmas).
Do pouco que conheço do processo “casa pia” e da prova que pelos vistos foi feita no mesmo, uma coisa me parece certa: certezas quanto ao que aconteceu só os arguidos e as vítimas as terão. E certezas quanto ao Carlos Cruz apenas uma: que foi condenado em 1.ª instância.
Acreditar na aplicação da justiça dessa forma e que erros judiciários não existem, parece-me um pouco ingénuo (seguindo este raciocínio, existem arguidos que foram absolvidos neste processo e, portanto, esses são de certeza inocentes)… Se assim fosse a própria Lei deixaria de prever a possibilidade de recurso das decisões judiciárias (que também não eliminam a possibilidade de erro, mas pelo menos talvez a atenuem). E com isto não estou a dizer que alguém é inocente ou culpado.
Cpmts,
PS: E apesar de não acreditar muito na aplicação da justiça, sei que vivo num Estado de Direito.
Caro António,
Ninguém aqui disse que a Justiça era infalível. Simplesmente confio mais na Justiça e nos juízes do que no Sr. CC e restantes arguidos.
Se eu pensar, tal como quer fazer crer o Sr. CC, que os juízes o condenaram só porque lhes apeteceu, ou a mando para satisfazer alguém, então não estou num Estado de Direito.
Caro Luís,
Antes de mais sou novo aqui no WordPress e já tive a ler alguns posts no seu blog e sem dúvida que tem aqui um cantinho de louvar. Desde já os meus parabéns.
Não tendo eu qualquer inclinação preferencial no que respeita ao veredicto do CC, acho que a maneira como olha para todo o acontecimento não é a mais parcial.
Que a Justiça é cega e rege-se pelas leis são valores a zelar e a defender, contudo o sistema que a suporta é constituída por seres humanos e ainda está para nascer um que seja isento de falhas. Simplesmente aceitar como verdadeiro e imutável o que da Justiça nasça não parece razoável. Aliás, essa mesma Justiça atrasou-se a aparecer no tribunal no dia de ler a sentença e agora constantemente adia a entrega do acórdão.
Acusa a RTP de mostrar o benefício da dúvida, mas não aponta os meios de comunicação que constantemente publicam notícias falsas, não só referente ao caso CC. A verdade é que os media alimentam-se como eu e o Sr., precisam de dinheiro, e na guerra de audiências a melhor arma é o escândalo. Não importa se assenta na verdade ou não, o que importa é que chame pessoas. E este caso é perfeito para isso, tanto que na altura engendraram várias notícias que depois foi-se a ver e de verídico nada tinham.
O que quero dizer é que se deve pensar de forma crítica e não aceitar como verdadeira toda e qualquer coisa se apresente. Há que se informar, e para determinar se CC é ou não culpado uma pessoa tem de estar dentro do caso, conhecer o processo. É verdade, ele agora vem dizer que 200 pessoas são referidas no processo. É com certeza uma propaganda para que, quando publicado, os media saltarem para as folhas acusatórias e delas retirarem ideias para notícias. Refere que CC vai dizer nomes que nada tem a haver com o caso, se isso é verdade então porque é que aparecem no processo?
As leis que defende são alteradas, rectificadas e negadas com o passar do tempo, a opinião da lei e da Justiça depende do país e da sociedade. Essas mesmas leis, nas mãos sábias, podem ser usadas para defender e ilibar criminosos.
Se CC é culpado ou não, não sei, mas apontar dedos cegamente não julgo ser uma boa filosofia.
Um bem haja, continue com este óptimo blog.
Caro Manuel,
Mais uma vez, ninguém aqui disse que a Justiça era infalível.
O mero atraso na entrega do acordão (por mais estranho e estúpido que seja) não invalida a justa aplicação das leis, confirmação das provas e sentenças aplicadas.
Quanto à comunicação dita social, o Sr. engana-se. Elas são um dos poderes do Estado de Direito. Têm o dever (não só o direito) de informar e passar a verdade aos portugueses. Muito mais, quando se trata da televisão pública!!
O sr. diz que as leis que defendo são alteradas, rectificadas e negadas com o passar do tempo… então quer dizer que não vale a pena respeitarmos nenhuma. Quiçá no futuro seja alterada ou negada. Ora se pensarmos assim… isto sería uma anarquia.
Quanto a apontar dedos a CC… não aponto dedos a ninguém. Foi provado em tribunal que ele é CULPADO pelo crime. Não fui eu que o condenei. Foi o TRIBUNAL!!
Acho perfeito que acredite na Justiça.
Nessa linha de raciocínio então terá que esperar por, pelo menos, mais 1 decisão (a da Relação) para poder pronunciar-se no sentido em que se pronuncia.
Já não digo a decisão do Supremo que apenas julga questões de direito, mas pelo menos, mais uma instância.
Se a Justiça tivesse tanta certeza como o Senhor da culpa dos arguídos neste processo (ora condenados) não precisavamos de recursos para nada não é assim?
O trânsito em julgado é uma materialização do princípio da segurança jurídica que, por sua vez é um dos alicerces da justiça.
Penso que alguém que, como o Senhor diz acreditar na justiça tem a obrigação de deixar a decisão transitar em julgado antes de afirmar a sua certeza acerca da culpa (ou falta dela) de alguém.
Boas
Desculpe mudar o nome de utilizador, mas sou o mesmo Manuel. Esta conta é que uso para escrever no meu blog.
O atraso não invalida o acórdão mas segundo a Lei Portuguesa o mesmo já devia estar disponibilizado. Como tal o tribunal, quando posto perante a própria lei que defende, está a ser incompetente e desrespeita a sua própria fundação.
Mais ainda, a desculpa do atraso se dever devido a um problema informático é a desculpa mais cliché que é dada. Se alguém ainda acredita nisso é porque não está familiarizado com computadores, é sem dúvida a desculpa que menos credibilidade devia ter na sociedade. Problema informático com um ficheiro de texto? Até o meu amigo tem de concordar que algo estranho se fermenta por aqueles lados. A pergunta de se o acórdão estava escrito ou não me parece cada vez mais pertinente.
Os órgãos de comunicação social têm sim senhor o dever de informar e passar a verdade. Mas diga-me quantas vezes isso não acontece? Quantas vezes esses órgãos transmitem notícias originárias em rumores, fontes falsas e inventadas? Não tenho problemas com notícias legítimas, tenho sim com a transmissão da mentira ou de verdades parciais. Essas são perpetuadas pela boca dos que escolhem não pensar criticamente, que depois pregam a suposta legitimidade baseados no argumento “apareceu na TV”.
O que faz falta é uma lei que prejudique quem divulga notícias falsas ou sem fundamento. Como decerto já reparou, existem jornais que publicam rectificações quando são contactados pelas pessoas referidas na notícia com provas. Porque é que as TVs não fazem o mesmo? Porque é que essas podem mentir e saírem impunes? Porque as pessoas escolhem não investigar por si próprias, fazem da TV um profeta incontestável. Não estou a dizer que o Sr. assim o faz, mas pelo que demonstra neste post acredita que CC é culpado sem conhecer o processo, o que não me parece sensato. E já agora, porque acusa a TV pública tanto? Porque não fala da TVI e do seu jornal que chama jornalismo a uma colectânea de mexericos e peixeiradas em directo? Não que na TVI não haja pessoas competentes e profissionais, mas também há muito lixo. Audiência é o principal objectivo das TVs (infelizmente), nunca se deve esquecer isso.
Já agora, já foi ao site do Carlos Cruz? Já ouviu as duas partes desta disputa, ou prefere ouvir só a do tribunal? Se é verdade o que lá se pode ler (não sei se é, teria que estar familiarizado com o processo) então há verdadeiras monstruosidades neste caso. Hoje é Carlos Cruz amanhã posso ser eu ou o Sr., e eu não quero ver a minha carreira arruinada por incompetência de outrem.
Devemos respeitar as leis claro que sim, mas não devemos considerá-las como imutáveis é só isso que quero dizer.
De facto não foi o senhor que condenou, foi o tribunal, o mesmo tribunal que demorou 7 anos para chegar a esta verdade (a esta, não à). 7 anos é vergonhoso, há países na UE em que esta duração seria inadmissível. Isto é de uma incompetência nefasta e o tribunal devia ser chamado a responder por esta longa demora. Se o Sr. quer defender este tribunal é este tipo de Justiça que terá no país. Uma Justiça lenta e que não consegue resolver problemas informáticos.
Um bem haja.
Só conheço o Carlos Cruz dos média. Do processo Casa Pia, conheço o que vem a público pela mesma via.
Parece-me que a justiça tem que ser confiável, à partida. Mas, a JUSTIÇA tem que fazer por ser confiável. De facto, tal não acontece. Veja-se a trapalhada verificada, no presente caso, na leitura da sentença. Não me parece razoável que alguém, quando um processo se inicia, dizer que não confia. Aí o CC, andou bem. No final do processo, um cidadão, se se considerar injustiçado, tem todo o direito de o dizer. Um inocente que aceita uma condenação injusta,só por ser decretada pela instância judicial, não é uma pessoa razoável, é um cobarde.Por outro lado, quem acusa é que tem de provar. A prova testemunhal, não apoiada noutras provas, pouco vale. Só vale se o Tribunal tiver elementos que compensem as provas não demonstradas. Vale ainda menos quando é desmentida pelos factos e registos verificáveis. E que dizer sobre os erros judiciários…particularmente nesta fileira de delitos. Por tudo isto, sem conhecer o CCruz e o processo em termos de formar uma opinião definitiva, acompanho com interesse e alguma indignação o que está acontecer. E para que não fiquem dúvidas, pelo que já é conhecido, sendo solidário, em primeiro lugar com as vítimas da Casa Pia, não posso ser indiferente a outras vitimas que o processo possa angariar. Daí, ser igualmente exigente que o Tribunal seja inequivoco. Até agora não o foi. Carlos Cruz se está inocente e não foram apresentadas provas do seu envolvimento, deve contestar e deve ser inocentado e compensado pelo vexame a que foi sujeito. A paixão nestes casos, só empata! Sejamos racionais.
Caro José,
Repito que não é por causa da trapalhada da entrega do acordão (que de facto é incompreensível) que a sentença deixa de ser justa. Senão, quando eu fosse condenado, mandava um grupo de marginais ao tribunal roubar as impressoras todas…
Disse que “quem acusa é que tem de provar”. Precisamente. Pelos vistos a acusação conseguiu provar que CC era culpado por 2 (de entre dezenas) crimes. Daí ele ter sido condenado.
Quanto a provas, todas valem, desde que esteja descrito na lei. Tal como não valem as escutas (vá-se lá saber porquê) pelos vistos as provas testemunhais e periciais valem.
Ao contrário do que diz, e pelos vistos, o sr. CC e o seu advogado não conseguiram desmentir com factos as acusações de que eram alvo.
De resto diz que “se está inocente e não foram apresentadas provas do seu envolvimento”. Então acha que um qualquer juíz ia condenar um homem sem provas do seu envolvimento no crime?
Desculpe amigo mas o Sr acabou de AFIRMAR como se fosse juiz e tivesse participado de todo o julgamento e isso nao se faz….Entendo eu que assim como ha TECNICAS para acusar tambem ha para defender … mesmo que seja (CC) culpado o tipo e um “opinion maker” quer a gente goste ou nao … Entao meter um tipo destes neste processo ate vai ser bom porque nao serao so 7 os condenados e sim mais de 200 …ou entao acha que na Casa Pia so 7 pessoas se envolviam ??? E pode tb meter por ai Seminarios , Padres, Bispos e etc … Desculpe uma vez mais mas a sua contundencia “incoerencia,Ma Feh e Cobardia” parece muito pessoal para quem diz nada saber do Processo …
MS
Caro Manuel,
o sr. diz “assim como ha TECNICAS para acusar tambem ha para defender”. Exactamente. E pelos vistos as técnicas para acusar foram mais eficazes e provaram o crime. Enquanto que as técnicas para defender revelaram-se infrutíferas e não conseguiram refutar os factos de que acusavam. Daí ter sido condenado. Ponto.
De resto, é escusado fazer o que o típico tuga gosta muito, que é generalizar (com Seminarios, Padres, etc.) porque nenhum outro crime cometido em qualquer outro lugar, por quem quer que seja, vai desculpar ou perdoar os crimes cometidos por estes 7 senhores do processo Casa Pia.
Cara Mª Antónia,
Então quer dizer que, para si, as decisões dos tribunais de 1ª instância nada valem. Ou seja, então para que servem? Acabemos com eles. Passemos logo a julgar tudo na Relação.
Claro que precisamos de recursos, para que os arguidos tenham o seu direito à defesa. Mas os recursos são feitos onde? No programa Prós & Contras da RTP? No programa GRande Entrevista da RTP?… qq dia está também no programa Praça da Alegria.
Caro Manuel Caveira,
Há dias no twitter e no facebook: “É mais do que evidente que o problema do acórdão da Casa Pia não é informático. Já uma vez com essas desculpas queimaram uma excelente empresa. Para quem se lembra, foi a Compta, no célebre atraso do concurso dos professores em 2004”. São desculpas esfarrapadas, claro. Só acredita quem não percebe nadinha de informática.
Também eu sou muito crítico do que se vai passando na comunicação “dita” social. Por isso me refiro sempre assim (“dita”) a ela. O que me preocupa é ver a telvisão pública (!!) – que é paga com o nosso dinheiro (e sabemos que não é pouco) – ser usada e abusada para certos fins. É só por esta razão que acuso a RTP e não a TVI ou SIC. Essas são privadas, mas aquela é pública (!!). Claro que todas têm de obedecer a leis e principalmente respeitar a “liberdade de imprensa” não a distorcendo. Mas torna-se mais grave quando o canal gasta 400 M€/ano dos nossos impostos.
Sim, já fui ao site do Carlos Cruz. Já vi muita das coisas que ele lá colocou. Mas obviamente que ao ler/ver tenho de dar o devido “desconto”. Tenho de ser racional e pensar que ele nunca poria lá coisas que o incriminassem. Obviamente que só vai lá colocar as coisas que mais lhe convêm. Ninguém é ingénuo ao ponto de pensar que ele é tão puro ao ponto de colocar também lá as provas que, pelo visto, o incriminaram.
Num processo com 1000 testemunhas, centenas de investigações e depoimentos, sem dúvida que haverá meia dúzia de incongroências ou incoerências. Parece-me que ele vai aproveitar essas mesmas para fazer passar o seu ponto de vista.
Obviamente que é vergonhoso demorar-se 7 anos a resolver este problema. Mas está enganado se pensa que a culpa é dos tribunais ou dos juízes. Acha que os juízes tiveram o processo parado em cima da secretária? Ou que o processo demorou 6 meses para ir da secretaria para o gabinete do juíz? Não! Os processos demoram anos a fio porque as leis (feitas pelos políticos!!) permitem que se atrase investigações, impugnem diligências, interponha recursos, etc. Os advogados aproveitam tudo isso para colocar obstáculos ao processo e, em última instância, para ver se prescreve.
Sabemos todos que um processo simples de cobrança de uma dívida demora 5, 6 anos porque o juíz chama 10 vezes uma pessoa a depor e a pessoa falta sempre. Falta, falta, falta e nada é feito. Vai-se adiando o processo, sabendo que a pessoa falta não porque está doente mas por chico-espertice.
É interessante verificar como tantas pessoas se preocupam com CC – que foi condenado pelo tribunal por pedofilia – e tão pouco pelas crianças que foram vítimas. Nesse contexto, as afirmações do bastonario da OE nas TV têm sido completamente imbecis. É igualmente curioso como não surgem políticos entre os arguidos e muito menos entre os condenados. Sim, a Justiça tem muito a melhorar, a começar pela garantia da sua independência em relação ao poder político que, nestes anos mais recentes deixou de existir. No entanto, CC e outras pessoas foram julgadas e condenadas por crimes de pedofilia, “beyond any reasonable doubt”, o que sugere que existe esperança para a Justiça desde que os cidadãos exerçam vigilância apertada sobre as instâncias do poder.
Ora nem mais caro JAS. Assino por baixo.
Caro Luis
“Acreditar” na justiça, é apenas uma crença.
Ou se tem bases, ou não se tem . Ou se tem “Provas” como diz, ou não se pode pronunciar, dizendo simplesmente “acredito”.
Esta frase, é muito utilizada em portugal, o que me leva a pensar que mesmo ateus, são muito crentes.
Toda a gente “Acredita” em algo.
Na justiça. Nos politicos. Num futuro melhor (conceito religioso, ligado à esperança, que é da vida após morte, e não na terra, digamos”) , etc.
Dito isto, é evidente que não “acredito” nem deixo de acreditar, nem em cc nem nos juizes e tribunais. Sao todos homens e mulheres, com fortes motivações. Um, não quer ser preso. Outros (juizes e tribunais) tem uma batata quenta na mão, mais que mediática, e seja qual fosse o veredicto, seriam sempre criticados.
Da minha parte, e como não acredito nem deixo de acreditar, não faço a minima ideia se cc é culpado ou inocente. Não acompanhei o processo.
Sei, isso sim, que o grande Heroi deste processo, é Mestre Américo. Sem ele, isso sei , as crianças nunca teriam deixado de ser abusadas. Tal como foram durante anos, e isso está provado, que ele foi decisivo.
Seria bom, se falar de Mestre Américo. Seria bom, não acreditar, mas compreender que este homem, é que parou com tudo (ajudado depois pela reportagem inicial de Felicia Cabrita)
Sem mestres américos, ainda hoje as crianças estariam a sofrer.
Este é um facto, e pouco se fala dele.
Porque neste caso, o mais importante era
– salvar as crianças, parar com aquilo . Objectivo número 1
– apanhar os culpados(as) com o máximo de provas.
O primeiro, foi conseguido. Graças a mestre américo.
O segundo, é o processo, e sobre isso, não sei. Só sei que o processo não existiria sem mestre américo
Obrigado pelo espaço,
Paulo Q
Exactamente! … Incoerência, má fé e cobardia … Essa é que é a verdade! … Muito bem dito! … Tudo o resto é nada mais, nada menos, do que uma afronta à nossa inteligência e poeira lançada para os olhos do mais comum dos mortais…
Infelizmente, e pelos vistos, a realidade é que atitudes destas, extemporâneas e altamente censuráveis para condenados acabadinhos de o ser, deveriam e seriam desde logo rejeitadas em qualquer sociedade responsável, cultural e socialmente desenvolvida. Mas, no nosso país, ganham, isso sim, muitos seguidores, apoiados nas mais estapafúrdias das fundamentações…
O que é certo é que, os condenados, numa porca tentativa de manipular a opinião pública vêem, em cima da decisão do Tribunal, usar a arma a que só alguns poderosos têm acesso para enxovalhar tudo e todos…
Afinal, estamos ou não estamos num Estado de Direito? Haverá maior demonstração de anarquismo e aldrabice intelectual que, de forma tendenciosa e sem possibilidade de contestação, vir tentar fazer prevalecer o que não conseguiram demonstrar em Tribunal?
Na verdade, diga-se em abono da verdade, estamos perante um cenário a que só os media e seus sequazes têm acesso neste nosso mundo global do faz de conta, onde o que parece é. Especialmente se dito perante as câmaras de televisão. Aí, o espírito crítico e a capacidade de análise dos que assistem estão totalmente arrasados pela estupidificação que sub-repticiamente lhes é transmitida todos os santos dias…
Isso mesmo, chamo estúpidos aos que tentam defender o indefensável, não me interessam justificações para atitudes que reprovo liminarmente…
Quanto aos condenados, se discordam e se sentem injustiçados, então concentrem os seus esforços nos recursos a que ainda têm Direito… Não venham, digo-o mais uma vez, atentar contra a nossa inteligência. Nem tão pouco tentar envolver-nos no vosso enxovalho…
Do comentário do CAS, quero realçar “atitudes destas, extemporâneas e altamente censuráveis para condenados acabadinhos de o ser, deveriam e seriam desde logo rejeitadas em qualquer sociedade responsável, cultural e socialmente desenvolvida. Mas, no nosso país, ganham, isso sim, muitos seguidores, apoiados nas mais estapafúrdias das fundamentações”
Só mais uma pequena nota! (Como agora dizem os políticos que se prezam…)
Será que já toda a gente se esqueceu que ao longo destes últimos anos, e por causa deste “Processo Casa Pia”, os nossos políticos legislaram e legislaram a seu bel prazer, mudando, adaptando e, na sua insigne concepção, melhorando a contento códigos e processos??
Depois, por muito maus que eles sejam, não caiam sobre a justiça e os os seus excutores, os Juízes!
Com essas alterações convenientes já conseguiram safar alguns “comparsas” da prisão efectiva. Se tivessem tempo talvez colocassem a pena suspensa só acima de 7 anos…
Caro Luís Melo
Gostaria de entrar em contacto consigo, mas não achei o seu mail. Pode indicar-mo?
Caro António, não será difícil obter o meu mail na minha página pessoal.
boa noite senhor luis, para dizer a verdade nem sei como começar, mas vamos então por aquela de: se o tribunal o condenou é culpado…bem, é dificil argumentar contra uma opinião tão conhecedora!
eu ando á anos a ver que afirmações foram feitas em fase de inquérito e no julgamento própriamente dito e e o senhor luís sem ler o acordão acredita cegamente que a justiça funcionou…a minha dúvida é a seguinte, se Carlos Cruz tivesse sido ilibado a justiça para si teria funcionado? se na relação Carlos Cruz for ilibado para si a justiça continua a funcionar bem? ou para si a justiça funcionar é quando segue as suas ideias?
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