Sou daqueles que acho de um provincianismo atroz fechar ruas, avenidas, estradas, hotéis, restaurantes ou lojas por causa de uma Cimeira. Não sendo isto suficiente, ainda se cancelam, suspendem e atrasam comboios, autocarros ou aviões. É uma estupidez pegada que demonstra bem a mentalidade de quem organizou o dito evento.
Evento esse que, diga-se, servirá apenas para que meia dúzia de governantes socialistas possam dar nas vistas com o objectivo de, no futuro, e depois de sairem do Governo, conseguirem arranjar um lugar num qualquer orgão internacional (a chamada reforma dourada) imitando António Guterres ou Jorge Sampaio.
Mas depois de ter andado junto ao perímetro de segurança, mudei de opinião. Quem me dera que houvesse uma Cimeira gigante e contínua que ocupasse Lisboa durante todo o ano. Nesta altura todos deverão estar a pensar “este gajo está parvo… porque raio disse ele esta imbecilidade?“. É muito simples…
Junto do perímetro de segurança da Cimeira (no Parque das Nações): 1) Não há problemas de trânsito. Acabaram-se os carros estacionados em 2ª fila, em cima das passadeiras ou dos passeios. 2) Não há criminalidade. Deixou de se ver gente com ar suspeito e em cada esquina estão vários polícias.
Estes são os dois maiores problemas da “capital do império”. Desta forma, estavam resolvidos. Mais a sério: as autoridades conseguem acabar com os problemas de trânsito e criminalidade. Porque o fazem em prol de umas dezenas de Chefes de Estado e não o fazem em prol dos milhões de Portugueses a quem devem servir?