O pior das férias não é o início (malas, estações, aeroportos, etc.) nem o meio (gastar dinheiro) nem mesmo o fim (voltar ao trabalho). O pior das férias é ouvir o relatório das férias dos colegas de trabalho.
Por mais que queiramos e nos esquivemos, raramente conseguimos fugir a um almoço em que o colega de trabalho conta o que fez nas férias. E como a maioria é Tuga, a generalidade das histórias não têm interesse nenhum.
O exemplo de hoje: As férias do dito cujo tinham sido ao arquipélago dos Açores… “não fazes ideia, aquilo vais de carro na estrada e de repente aparecem-te vacas à frente!“. Não acredito! Nunca tinha ouvido tal coisa!
Não contente com esta enorme novidade (que nunca aconteceu a ninguém! Mesmo nas aldeias do Minho ou Trás-os-Montes!) sai-se com… “Aquilo é tão pequeno que em 2 horas dás a volta à ilha!“. Tás a gozar!? A sério?!
Como os otários andam aos pares, está sempre sentado na mesa um daqueles que gosta de agradar. Fá-lo por 2 motivos: a) Porque quem está a contar é chefe; b) Porque depois também quer atenção quando contar as férias dele.
Hoje não foi excepção. Lá estava o segundo otário que ás tantas pergunta… “e aquilo lá nos Açores tem muitas auto-estradas?“. Claro! Então não tem?! Aliás, só queria que visses os km’s de auto-estrada na ilha do Pico!
As pessoas não se enxergam. São tão pequeninas (intelectualmente) e tão egoístas que nem sequer se apercebem que contam (como se fosse algo insigne) coisas que toda a gente sabe e não têm interesse nenhum.