O Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, anunciou que vai acabar com as entradas grátis nos museus ao domingo. Naturalmente que logo vieram os habituais demagogos e paladinos insurgir-se contra mais esta medida do Governo.
Esta é uma medidinha que apesar de pequena, pode ter algum significado. Quando se corta na Saúde, na Educação, na Segurança Social, também não se haveria de cortar na Cultura? Apesar de me parecer que isto não é um corte, é antes um ajustamento.
De facto, que outra fonte de receita têm os museus para poderem investir e conservar? Todos os museus que estão sobre a alçada do Estado (sobre)vivem de dotações do Orçamento de Estado. Está na hora de serem capazes de contribuir com algo.
Só um demagogo pode criticar esta medida. Todos sabemos que as pessoas ao domingo querem é bola, centros comerciais e praia. O João Miranda disse e bem: “nunca têm dinheiro para museus ou para os livros escolares porque têm que pagar o iPhone e a Sport TV”
De qualquer forma, dou 2 exemplos: No último fim-de-semana fui ao Museu da Ciência e História Natural, estive lá 2 horas, e vi 2 (duas!!) pessoas. Hoje, fui ao Museu da Presidência da República, estive lá 1 hora, e vi 5 (cinco!!) pessoas.
Se ao fim-de-semana, principalmente ao domingo com entradas grátis, não está rigorosamente ninguém nos museus, para que vêm os demagogos berrar com a medida do Governo? É simples! Não é por nada, é apenas para criticar. Partidarite!
Era mais um fino 
Muito de acordo! Nas visitas ao estrangeiro pagam-se entradas em Museus, Catedrais e outros; e ninguém protesta. Cá protestam e não vão lá. Mais um exemplo: Casa da Cultura de Santa Comba Dão. Uma obra com que se enche a boca quando se quer mostrar obra do PS! Está sempre às moscas, mesmo em espectáculos e exposições gratuitas. Houve um espectáculo fabuloso da Escola de Música, com crianças e adultos, a entrada custou dez euros, esteve cheia a sala em 4 sessões. Mas os mais pedantes criticaram os dez euros! Isto sem porco no espeto não vai lá, como aconteceu na simples inauguração do novo Centro Escolar de Tábua! Uma pena!
A Esmeralda tem toda a razão e tocou aí num ponto curioso… se houver porco no espeto, bifanas, sardinhas, enfim comes e bebes à borla, o povo está sempre presente e não pia.
Infelizmente! E infelizmente também proliferam as “Casas da Cultura”, mas ninguém se preocupou em “aculturar” as pessoas primeiro!
Acho que as críticas feitas pela oposição são descabidas. Mas também não consigo compreender o efeito que tal medida terá.
Como o próprio post e comentários indicam; nem se ganha dinheiro com a venda de entradas porque os museus (mesmo com entrada livre) estão às moscas, nem se retira público aos museus porque o público que quer mesmo ir vai sem olhar ao preço. Contas feitas, para que serve afinal esta medida?
@ esmeralda “Nas visitas ao estrangeiro pagam-se entradas em Museus, Catedrais e outros; e ninguém protesta”. Aqui em Berlin não se paga entrada na quinta em museus pertencentes ao estado. Se não estou em erro em Amesterdão há entrada livre em alguns museus ao Domingo (até acho que vão rodando, umas semana uns outras semanas outros). Não divido da existência de protestos se tal beneficio para os utentes acabasse. Aliás, acho que nós Portugueses protestamos demais sobre coisas insignificantes e de menos sobre coisas relevantes 🙂 Bem são só exemplos avulsos mas servem para invalidar a generalização.
Cumprimentos
Fico contente por ver que vai a museus. Se o demagogo do seu ministro fechar os museus então é que vai ser uma poupança. Já esteve mais longe, não é?
De acordo com o comentário anterior: estas medidas não poupam nem vão direitas ao problema. São fait-divers.