O estado a que chegaram alguns (infelizmente muitos) prédios do centro de Lisboa torna imprescindível a aposta na reabilitação urbana. Podemos tentar esconder os prédios com graffitis ou com lonas de publicidade gigantes, mas não podemos dissimular a degradação de alguns prédios, e deixar assim uma má imagem da capital de Portugal.
Com toda a propriedade, Pedro Santana Lopes criticou recentemente a (falta de) política da CM Lisboa nesta área. O ex-presidente e actual vereador da CML defendeu que a reabilitação urbana “deve ser a prioridade” da CML e recordou que inclusivamente existe o PIPARU “um programa com verbas que ultrapassam os 200 M€“.
Em resposta, António Costa, revelou alguma desonestidade intelectual e fugiu ao problema. Disse que “A Câmara precisa de 8.000 M€ para fazer a reabilitação urbana em toda a cidade“. Ora, mas alguém disse que era preciso fazer tudo de uma vez? (fez-me lembrar Sócrates e o episódio de pagar a totalidade da dívida pública em 2012).
Pior do que isso, mesmo alertado para os factos, e com a realidade à sua frente, António Costa preferiu adoptar uma postura apática. Diz-se “confiante que Lisboa vai conseguir avançar uma vez ultrapassada a conjuntura que o País está a viver” e espera “que a nova lei do arrendamento inverta esta situação“. Ou seja, a única coisa que pretende fazer é, esperar.
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Sempre considerei António Costa como um líder político a ter em conta.
Mas… Sinceramente, desde que deu apoio incondicional à parte final do “Negro Período Socas”. E, depois, com as posições que vem assumindo publicamente. Perdi totalmente a consideração que tinha pelo Senhor…
Passou a ser mais um Socialista da nossa praça, sem honestidade política nem qualquer credibilidade.
Ou seja, mais um que me dispenso de ouvir…
Caro Luís, só o conheço destas andanças dos blogs, porém quero desejar-lhe um Bom Natal e um próspero Ano Novo.
Agradeço e retribuo. Um abraço