Se me dão licença, escuso-me a reproduzir números. Por um lado porque são gravíssimos, preocupantes, até chocantes. Por outro lado porque estamos fartos de os ver plasmados em relatórios ou orgãos de comunicação social.
O desemprego jovem é uma calamidade. Representa o desperdício do investimento na Educação, a ruína de uma vida em construção, o extravio de soluções para o crescimento, o dano de uma sociedade, o coarctar de um futuro.
Daí que os jovens têm de finalmente tomar o seu destino nas suas mãos. E isto está longe de ser uma incitação à revolta. Não! Isto é uma incitação exactamente ao contrário. Não esperem (ou queiram obrigar) que o Estado resolva.
Há soluções. Vou dar apenas uma como exemplo. Que me parece evidente e viável. A aposta no mercado das Tecnologias de Informação. Com certeza não se aplica a todos. Mas muitos podem aproveitá-la.
Trabalhei em Portugal, durante 5 anos, numa empresa que actua no mercado das Tecnologias de Informação. Os meus colegas, tal como eu, tinham quase todos formação académica ou profissional nesta área.
Em Portugal é mesmo assim. Estudei para ser Advogado, tenho de ser Advogado. Estudei para ser Professor, tenho de ser Professor. E se quiser ser outra coisa, até parece que estou a insultar quem pagou os meus estudos.
Desprezamos o facto do estudo superior servir, antes de mais, para nos ensinar a ter um raciocínio estruturado. Não é suposto que a Universidade nos ensine uma profissão. Quem pensa assim está, a meu ver, errado.
Há muito emprego qualificado no mercado das Tecnologias de Informação. E acreditem que muitas vezes não é preciso ter-se formação superior ou profissional na área para se poder ser um bom Consultor, Programador, Analista.
A empresa que integrei quando me mudei para Londres também opera nas Tecnologias de Informação. Temos gente que se licenciou em Arquitectura, Jornalismo, Marketing e Letras. Todos excelentes Consultores, Programadores ou Analistas.
O que fizeram eles? Agarraram as oportunidades de emprego. Lutaram, dedicaram-se. Alguns apaixonaram-se mesmo pela área. E todos conseguem vingar. E muitos outros exemplos tenho conhecido noutras empresas.
E não é preciso emigrar. Subscrevo vários sites portugueses de empregos relacionados com a área. Todas as semanas recebo newsletters com imensas oportunidades. Portugal é próspero nesta área.
O www.itjobs.pt é um dos melhores. Organizado, claro e com dezenas de oportunidades diárias. Outro projecto interessante é o pt.thetalentcity.com, onde as maiores empresas portuguesas colocam as suas oportunidades.
Não é preciso referir nenhum estudo para perceber que o futuro está nas Tecnologias de Informação. E é quase garantido que nesta área se pode fazer melhor carreira, ganhando mais dinheiro, do que sendo Professor ou Advogado.
Será preciso apenas vencer a inércia, e aplicar na prática todas aquelas frases bonitas que se partilham no Facebook, mas que nunca se seguem… “Why do we fall? So we can learn to pick ourselves up!“
Fiquei muito interessado no que diz no seu post. Será que podemos falar sobre este assunto. obrigado
Caro Joao, claro que podemos falar, a palavra é sua 🙂 e a caixa de comentários é livre…
um excelente post!!! abc
Obrigado Caro amigo Nuno. Um abraco.
Um enfermeiro podia ir para esta área?Um enfermeiro tem receio de emigrar,se muitos jovens enfermeiros estão bem na Inglaterra e certamente noutros países como Alemanha, etc.O infermeiro pode trabalhar com idosos ou criar o seu próprio emprego ou trabalhar em clínicas de estética em Portugal?
Para as pessoas que pensam emigrar, obtenham informações antes,porque há miuta burlice.
O futuro também está no turismo de cidade, de interior,montanha,rural,turismo de mar,praia,e relegioso,turismo de saúde,agricultura,mar,,empreendorismo,exportações,etc.