“Dia de Reflexão”. A lei impõe. Neste dia, toda e qualquer atividade que vise directa ou indirectamente promover candidaturas é proibida.
Na verdade, este dia é uma “reflexão” da sociedade portuguesa, porque espelha aquilo em que o país e as suas instituições, supostamente democráticas, se tornaram.
O legislador, ou seja, a Assembleia da República, ou seja, os deputados criam e aprovam leis que tomam os portugueses por imbecis, e aplicam à força certos comportamentos.
Como se os portugueses não tivessem capacidade intelectual, e precisassem de ser protegidos, por estas sumidades, das mensagens de campanha no dia anterior às eleições.
Os deputados (entre outros políticos) – salvo raríssimas excepções – sofrem de um desvio cognitivo, de nome “Dunning Kruger effect“, sobre o qual escrevi em 2012!
Um desvio em que indivíduos incompetentes sofrem de uma superioridade ilusória. Avaliam excessivamente as suas capacidades, e não reconhecem as capacidades dos outros.
Em Santo Tirso, a deputada Andreia Neto apresenta-se como candidata a Presidente da Câmara. Ela que também faz parte desse grupo que sofre do “Dunning Kruger effect“.
O desvio é tal que num jantar de mulheres, leiloou os seus brincos e ofereceu uma réplica a todas as convidadas. Qual Cleópatra!!… Mas o que fez a “Faraó de S. Martinho”?
Em mais de 6 anos na Assembleia da República, não se conhece à deputada Andreia Neto nenhuma iniciativa relacionada com o concelho de Santo Tirso!
O mais próximo foi um Voto de Saudação (da autoria de todos os partidos) à Atleta Sara Moreira em Março de 2013, por esta se ter sagrado Campeã da Europa dos 3000m.
A deputada Andreia Neto apresentou projectos de lei/resolução acerca da atividade de guarda-noturno, Camarate, IC35, material de guerra do Irão, ou porto da Póvoa de Varzim.
E entretanto teve tempo de viajar, às custas dos impostos dos portugueses, para Bruxelas, Paris, Genebra ou Amã (na Jordânia). Não consta que tenha ido visitar Tirsenses emigrados.
É esta mesma Andreia (deputada na Assembleia da República, eleita pelos Tirsenses e eleitores do distrito do Porto) que agora quer assaltar o lugar de Presidente da Câmara.
Não me leve a mal. Porque não tenho absolutamente nada pessoal contra a Andreia. Tenho sim, e muito, contra a sua actividade e forma de estar na política.
Repito: vou votar, mas não voto “nesta” gente!
Já agora, gostaria de acrescentar que ontem tinha à porta de minha casa uma “canequinha” azul com o nome de Andreia Neto inscrito, qual adorada Deusa Romana. Será que esta candidata sabe que estamos há 17 anos no século XXI, e que já os eleitores já não se deixam “comprar” com isqueiros, bonés e muito menos “canequinhas”? Aqui os meus vizinhos da “aldeia” sabem, muito mais do que a Andreia pensa, os “velhos” e os “novos”. Pode prometer-lhes uma viagem de autocarro a Santiago Compostela, pode oferecer-lhes canequinhas e bandeirinhas. Mas, Andreia, esta gente não é mentecapta e já percebeu o significado do seu “vamos conseguir”!!