Ao contrário do que Luís Montenegro diz, todos sabemos que não fala em nome da sociedade, dos “jovens”, da “classe média”, dos “reformados”, dos “pensionistas”, ou dos “trabalhadores”.
Luís Montenegro fala em nome pessoal, e representa interesses da Grande Loja Regular de Portugal – uma das maiores lojas maçónicas do país.
Ao contrário do que Luís Montenegro diz, todos sabemos que não galvaniza Portugal ou os portugueses, nem sequer “pequenos ou médios empresários”.
Luís Montenegro só consegue excitar Hugo Soares – a quem não se conhece um único feito, antes ou depois de ter sido o mais cinzento e apagado presidente da JSD (2012 a 2014) – e Joaquim Pinto Moreira – o seu amigo presidente da CM Espinho que, por ajuste directo, dá contratos de centenas de milhares de euros, à empresa de Montenegro.
Ao contrário do que Luís Montenegro disse há 12 meses, todos sabemos que seria sempre oposição interna a Rui Rio, e ao contrário do que disse há 6 meses, todos sabemos que desesperava por uma oportunidade para assaltar a liderança do PSD.
Luís Montenegro disse que “seria o tempo de permanecer afastado da política ativa”, e que não faria a “Rio aquilo que Costa fez a Seguro” – é isso que dizem os livros do politiquês.
Mas o que fez? Foi trabalhar? Não, foi “comentar” para a comunicação dita social. Aquela que tem construído os mais recentes líderes eleitos, com os resultados que se conhecem – a começar em José Sócrates, passando por Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, e acabando em João Galamba, entre muitos outros exemplos.
Saltar da política para o comentário político, é continuar a fazer política, com três diferenças. Uma é não precisar de se incomodar com chatices, tipo o escrutínio dos seus eleitores. A outra é ganhar muito mais dinheiro. E mais uma é falar sem contraditório.
Luís Montenegro acusa Rui Rio e a sua direcção de “hostilizar quadros e estruturas do PSD, numa lógica maniqueísta do PSD entre os bons e os maus”. Pois ainda bem que alguém finalmente faz alguma coisa para libertar o partido daqueles que prejudicam o país, não representam os eleitores e desrespeitam os portugueses.
Aqueles que partilham passwords para que outros votem por eles, ou os que, como Luís Montenegro, fazem negociatas para as suas empresas. Contratos de milhões com organismos públicos (do Estado central às Câmaras Municipais), pagos com o dinheiro dos contribuintes, por ajuste directo.
Rui Rio tem todo o meu apoio, para afastar esses “cancros” do partido, da assembleia da república, do governo e da política. Gente que, como diz o presidente da distrital do PSD Bragança, defende interesses que “não são certamente os do PSD”, e não são certamente os de Portugal.
De resto, e quanto a sondagens encomendadas, já escrevi sobre isso várias vezes, desde 2011. Alguns exemplos de que tenho falado:
Legislativas 2015 – sondagens davam derrota (natural) ao PSD liderado por Passos Coelho depois de 4 anos de “austeridade”. Resultado, o PSD venceu.
Europeias 2009 – sondagens davam 40% ao PS, e 30% ao PSD. O resultado revelou números bem diferentes de 32% PSD e 26% PS
Autárquicas 2001 – sondagens davam derrotas a Rui Rio, Pedro Santana Lopes, Fernando Seara, António Capucho e Luís Filipe Menezes. O resultado foi a vitória de todos eles.
De resto até é bom que Luís Montenegro venha agora fazer uma “sacanice” destas, porque militantes menos atentos tinham-no como hipótese para futuro. Assim, como o próprio disse, fica tudo em “pratos limpos” e “clarificado”…
… o Luís é mesmo um sacana. Um homem sem carácter e sem ética, que age com esperteza e brinca com o futuro do país e a vida dos portugueses.
Apesar de me sentir cada vez mais tentado a desfiliar-me do PSD, a verdade é que subscrevo a generalidade o que disse, não conheço o mundo da maçonaria, pelo que não posso subscrever por me sentir ignorante.
Falei deste assunto, nem é obrigado a ler mas fica aqui a minha opinião: https://cefariazores.wordpress.com/2019/01/12/o-que-move-montenegro-agora-no-psd/