Pouca gente fora do aparelho partidário do PSD terá feito mais campanhas do que eu. Especialmente no norte e centro do país, percorrendo regiões do litoral até ao interior. Acompanhando o meu avô no apoio a candidatos de todos os concelhos e distritos, em eleições autárquicas, legislativas ou presidenciais.
Não consigo contar em quantas participei. Apenas recordar a primeira campanha de que tenho memória, nas presidenciais com Freitas vs Soares (1986) ainda não tinha 8 anos. Imagino que terei estado presente em outras antes disso, mas não me lembro.
Confesso que gostava imenso dos comícios, dos discursos, das caravanas, das arruadas, do contacto com a população – quanto mais próximo e genuíno melhor, como por exemplo as investidas ao mercado do Bolhão. Nunca fui fã de almoços e jantares – o famoso “roteiro da carne assada”.
Eram outros tempos. Hoje em dia, em pleno século XXI creio que a maioria destas acções de campanha não faz sentido. A política tem de evoluir, e a forma como a mensagem dos partidos chega às pessoas também. Os canais de comunicação têm de ser diferentes, idealmente melhores.
Rui Rio – apesar dos seus 60 anos e de ter passado pelo mesmo (e muito mais) que eu descrevo acima – é o único líder partidário, a tentar “romper” com o status quo, e fazer diferente (Marcelo inovou na campanha, mas representava-se a si próprio).
Rio e o PSD têm feito muito diferente. No discurso, com sentido de estado e sem ódio. Na abordagem, com responsabilidade e sem populismo. Nos candidatos, com verdadeira renovação e sem medo dos caciques. E agora na campanha…
Os portugueses há muito que pedem um lider político diferente. Aqui o têm. Confiem-lhe o voto.
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