Dados os recentes acontecimentos, que envolveram o Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, em vários escândalos de corrupção, esperava-se que os políticos desta praça corrigissem os seus comportamentos.
Numa terra digna, e de gente decente, seria natural que a gravidade das acusações e a proximidade aos principais envolvidos, atemorizasse um pouco aqueles que (pelo menos para já) foram poupados ao embaraço de se verem comprometidos.
Infelizmente Santo Tirso (tal como muitos outras terras desta República dos Bananas) não está nessa categoria. E a liderar as suas instituições tem gente a quem falta muita coisa. Acima de tudo, falta vergonha e uma vida para além da política.
Só isso pode explicar que, depois de Joaquim Couto se ter demitido de Presidente, por ser arguido, Alberto Costa (o seu vice) tenha aceite substituí-lo, sendo ele também arguido num processo em que é suspeito de crime em exercício de funções.
Não contente com esse facto, que demonstra uma enorme falta de vergonha, e que está agarrado ao poder (tanto ele como o resto do executivo), Alberto Costa usou a página de internet da Câmara Municipal para propaganda e promoção pessoal.
A notícia publicada na página e partilhada no perfil institucional da Câmara Municipal nas redes sociais, diz: Presidentes de Junta ao lado de Alberto Costa. Numa tentativa de branqueamento do acto infame de tomada de posse do Presidente-Arguido.
Mas há mais. Na lista dos tais Presidentes de Junta estão dois eleitos pela coligação PSD/CDS. Isto, depois de os líderes locais de ambos os partidos (Zé Pedro Miranda e Ricardo Rossi) terem publicamente condenado a atitude de Alberto Costa.
Se eu tivesse uma palavra a dizer na maneira como se conduz o PSD Santo Tirso, retirava imediatamente a confiança política a Paulo Bento (Agrela) e Andreia Correia (Monte Córdova), que também não têm vergonha ou dignidade, e que “se vendem por um prato de lentilhas”.
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