Por estes dias, e de novo por razões exclusivamente eleitorais e tactico-partidárias, o alvo é Alberto João Jardim. Tanta demagogia tem sido derramada por vários agentes políticos na comunicação “dita” social.
AJJ é naturalmente um alvo fácil. Isto porque se expõe demasiado. O que não é um defeito, é apenas a consequência de não ter medo de se mostrar tal e qual como é. Não é hipocrita ou falso. É verdadeiro.
AJJ diz tudo o que lhe vem à cabeça, o que numa sociedade como a portuguesa, é um handicap. É a sua maneira de ser, mas também advém do crédito e autoridade que foi acumulando ao longo de tantos anos.
É inquestionável que fez obra na Madeira. Tornou o arquipélago na região mais rica e desenvolvida do país. Por muito que custe, é por isso, e mais nada, que vence consecutivamente eleições com maioria desde 1978.
E é escusado dizerem que isso se deveu ao muito dinheiro que recebeu da UE. Também o Continente e os Açores receberam. O Continente desperdiçou-o em estádios, CCB, Auto-Estradas, Expo98, e os Açores é o que (não) se vê.
Uma coisa é certa, tal como a Santana Lopes (outro alvo fácil), não é conhecida a AJJ nenhuma fortuna pessoal, não lhe é conhecido nenhum luxo. É um homem simples que não enriqueceu à custa da política.
Além disso é um grande homem, um intelecto superior. Apesar de muitos acharem apenas que é um déspota, um homem tacanho na forma de agir, ele é inteligente e prova-o a cada dia que passa.
A imagem que o resto do país tem advém do facto de ser regionalista. Mas tal como Pinto da Costa no futebol, ele apenas usa o regionalismo como arma contra o centralismo de Lisboa. Os interesses, a maçonaria, etc.
AJJ é um grande político, como já há poucos, e uma das provas disso foi a intervenção que teve no 32º Congresso do PSD. Numa altura em que todos se preocupavam apenas com as internas, teve uma intervenção política ímpar.
Obviamente que, como qualquer outro governante, estando há tempo demais no lugar de Presidente do Governo, desenvolveu vícios. Usou também meios incorrectos e teve falta de ética em certas situações, para defender a sua posição.
Deverá e será avaliado e julgado pelos madeirenses, tal e qual como deve ser em democracia, nas próximas eleições regionais. É apenas e só isto. Que se saiba, a CRP e a Lei não têm dois pesos ou duas medidas para Governantes e ex-Governantes.