Interrogações e suspeitas nas primárias do PS Sto Tirso

04/01/2013

Foi rápida a resposta do Comissão Federativa de Jurisdição (CFJ) do PS Porto, ao pedido de impugnação das eleições primárias no PS Santo Tirso, que deram a vitória de Joaquim Couto sobre Ana Maria Ferreira, por apenas 1 voto.

Por decisão unânime a impugnação foi “liminarmente rejeitada“, ou seja, rejeitada totalmente. E foi-o por padecer de “extemporaneidade e ilegitimidade“, ou seja, por ter sido feita fora de tempo e por quem não podia fazê-la.

Muita coisa se pode ler no documento publicado pela lista de Joaquim Couto na sua página do Facebook, mas por entre tantas palavras e expressões de carácter jurídico e político, pode escapar o que realmente se passou.

No dia das eleições os membros das Mesas de Voto (re)contaram votos e conferiram cadernos eleitorais. No final lavraram-se Actas com todos os dados e números. Essa acta foi assinada por responsáveis das listas e das eleições.

Na acta não constava qualquer reclamação ou protesto. Ainda assim, havia um prazo legal de 48 horas para as apresentar. Prazo esse que terminou na 2ª feira, 31 Dezembro. O pedido de impugnação foi feito na 4ª feira, 2 Janeiro.

Esse pedido foi feito por Orlando Moinhos e César Pereira (ambos membros de Mesas de Voto), tinha por base uma incongruência entre votos e cadernos eleitorais, e vinha suportado no acesso a originais das Actas e Cadernos Eleitorais.

Interrogação/Suspeita N° 1: Se um pedido de impugnação só poderia ser feito pelo Presidente da Mesa (António Guedes) ou pelo Presidente da CPC (Castro Fernandes), porque apareceram os nomes de Orlando Moinhos e César Pereira?

Interrogação/Suspeita N° 2: Se Orlando Moinhos e César Pereira eram membros das Mesas de Voto e participaram na contagem de dia 29 Dezembro, porque não apresentaram nesse dia o pedido de impugnação e assinaram as Actas “limpas”?

Interrogação/Suspeita N° 3: Se os originais das Actas e Cadernos Eleitorais têm de ser enviados para a Federação Distrital logo a seguir às eleições, o que faziam eles nas mãos de Orlando Moinhos e César Pereira no dia 3 Janeiro?

Especulando, a Comissão Política Concelhia (afecta à candidatura de Ana Maria Ferreira) ficou com os Cadernos Eleitorais em sua posse propositadamente, tendo já em vista uma possível impugnação por adultério.

Por vergonha e falta de coragem António Guedes e Castro Fernandes (os únicos habilitados a impugnar) empurraram Orlando Moinhos e César Pereira para que o fizessem. Estes “atravessaram-se pelo chefe”, como sempre.

Obedeceram mesmo sabendo que iriam fazer figura de parvos e incompetentes, por estarem a impugnar uma Acta que os próprios subscreveram. Ou seja, demonstram bem que são uns pobres de espírito, sem vontade própria.

E assim anda o PS Santo Tirso liderado por Castro Fernandes… Ainda bem que foi derrotado, e que no PS Porto ainda há gente decente, séria e com bom senso, que não lhe permite mais veleidades.


À atenção de Ana Maria Ferreira e Patrícia Machado

03/01/2013

Li hoje a última edição do Jornal de Santo Thyrso publicada no dia anterior às eleições primárias do PS Santo Tirso. Uma das notícias dava conta da apresentação de candidatura de Ana Maria Ferreira. Várias coisas mereceram a minha reflexão.

1) Numa tentativa de atingir Joaquim Couto, Ana Maria dizia: “Não fui imposta pela Federação Distrital, mas pela vontade dos militantes“. Ao que parece, cara Ana Maria, a vontade dos militantes era outra e eles preferiram mesmo Joaquim Couto.

2) Ao querer mostrar força, Ana Maria dizia: “Subscreveram a minha candidatura 400 militantes“. Cara Ana Maria, confesso que ao ler isto até soltei uma gargalhada. É que vossa excelência nem sequer chegou aos 400 votos, só obteve 357 votos!

3) Outra afirmação de Ana Maria foi: “Não fui eu que dividi os socialistas“. Só demonstra que aprendeu bem com Castro Fernandes (e até com o líder do PSD Santo Tirso). Não é dividir, cara Ana Maria, é Pluralismo! É Multiplicidade! É Democracia!

4) Algo de que não me apercebi antes foi o apoio da Presidente da JS, Patrícia Machado, que a meu ver deveria ter-se mantido isenta. Cara Patrícia, na sua posição, e com o resultado das eleições, eu punha o lugar à disposição de imediato.


Castro Fernandes e Cª sem uma réstia de dignidade

03/01/2013

O take da agência Lusa diz: “A candidatura de Ana Maria Ferreira às diretas do PS/Santo Tirso para as autárquicas anunciou hoje ter pedido a impugnação das eleições que deram a vitória a Joaquim Couto“.

Muitos disseram que isto iria acontecer, eu achava que não por três razões: Primeiro, tendo a vitória sido por 1 voto (358 vs 357) de certeza que houve contagens e recontagens na noite das eleições.

Segundo, após as (re)contagens os responsáveis validam cadernos eleitorais e lavram/assinam uma acta; Terceiro, Castro Fernandes e Ana Maria Ferreira tinham uma réstia de dignidade e aceitariam a derrota.

Pelos vistos estava enganado. Castro Fernandes e Ana Maria Ferreira demonstram três coisas: Primeiro, um mau-perder; Segundo, um desrespeito pelas regras democráticas; Terceiro, que querem ganhar “na secretaria”.

Tudo isto é típico dos déspotas, dos antidemocratas, dos pobres de espírito. Castro Fernandes termina a sua carreira política confirmando o seu carácter e perfil político. Ia sair pela porta pequena, agora sai pela do cavalo.

O PS e Santo Tirso ficam bem melhor sem eles. Basta de déspotas que se governam a bel-prazer. Que mal-tratam e intimidam os seus subordinados. Que não respeitam a democracia e a vontade dos cidadãos.


Acabou o “consulado” de Castro Fernandes

31/12/2012

O ditado diz “Por um voto se ganha, por um voto se perde“, e a realidade confirmou-o nas eleições primárias do PS Santo Tirso. Joaquim Couto venceu Ana Maria Ferreira por um voto (358 vs 357) e será o candidato socialista a CM Santo Tirso (CMST).

O apoio de Castro Fernandes, dos vereadores e dos “líderes de opinião” de pouco valeram a Ana Maria Ferreira. Os militantes de base falaram mais alto e disseram que preferem “revisitar” Joaquim Couto a continuar a viver o actual absurdo clima de medo.

A verdade é que Castro Fernandes instituiu um estilo de liderança que se baseia na perseguição e no temor ao “chefe” e os militantes (muitos deles funcionários da CMST) já estavam fartos. Esta foi a primeira oportunidade para se libertarem, e eles agarraram-na.

Dentro e fora da CMST havia um ambiente controlador e uma sensação “pidesca”. Havia (e ainda há) os chamados “bufos” que iam contar ao chefe caso alguém se desviasse, um milímetro que fosse, da sua linha. E isso iria continuar com Ana Maria Ferreira.

Muitos dizem que Castro Fernandes lidera desta forma porque é um “ditador”, eu discordo. Castro Fernandes é apenas um fraco líder, e os fracos líderes têm tendência a liderar pela força e pelo medo e não pelo respeito e pela admiração.

Os fracos líderes tentam coarctar o espaço de manobra dos outros por medo que o possam trair (muitas vezes sem razão). Por vezes não percebem é que isso pode ter o efeito contrário. Como aconteceu com José Pedro Machado e agora com centenas de militantes.

A vitória de Joaquim Couto significa muito mais do que a escolha de um candidato. É um sinal de fim de ciclo para Castro Fernandes e a sua forma de estar na política. Espera-se que seja também o fim da Incompetência, do Nepotismo, da Perseguição.

Espera-se que seja o fim dos negócios da CMST com as empresas dos amigos, o fim dos lugares na CMST para os familiares e amigos, o fim da discriminação das freguesias e do tratamento desigual de Tirsenses por causa da militância ou simpatia partidária.

O PS tem assim um candidato fortíssimo e muito difícil de derrotar. Tem uma vasta experiência política e autárquica, tem obra feita, conhece bem Santo Tirso e os Tirsenses. Para o PS foi bem melhor Joaquim Couto ter vencido. O apoio de António José Seguro e José Luís Carneiro di-lo bem.


Sondagem dá vantagem a Joaquim Couto

23/11/2012

Partilho hoje os resultados da sondagem pedida pela Distrital do PS Porto, e feita pela empresa DOMP, que tinha como objectivo medir a aceitação de 3 hipotéticos candidatos à CM Santo Tirso: Joaquim Couto, Ana Maria Ferreira e José Dias.

(Clicar para ver a imagem em tamanho real)

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Em breve publicarei mais duas estatísticas que dizem respeito ao desempenho do actual executivo da CM Santo Tirso (do qual Ana Maria Ferreira faz parte) e à intenção de voto dos eleitores.

J. Couto já perdeu e JP. Machado já não é vereador

21/11/2012

A propósito do meu post sobre o PS Santo Tirso, entitulado “Sondagens e Notícias encomendadas. Vencedores antecipados“, tive acesso à carta que recentemente Ana Maria Ferreira enviou aos militantes do PS. Nela se lêem muitas coisas interessantes.

Ana Maria Ferreira diz que entendeu comunicar a sua decisão “de ser candidata pelo PS à presidência da CMST“. Confirma-se portanto a minha teoria de que já há um vencedor antecipado nas primárias do PS Santo Tirso. Joaquim Couto perdeu e ainda nem sabe.

Mais à frente Ana Maria Ferreira diz que “Castro Fernandes e os vereadores também me apoiam“. E então o José Pedro Machado não conta? É que da última vez que verifiquei, ele apoiava Joaquim Couto. José Pedro Machado já não é vereador e ainda nem sabe.

Ainda referindo-se aos apoios, Ana Maria Ferreira diz que tem “claro e inequívoco apoio (…) de vários líderes de opinião“. Alto! Esta interessa-me. Existem líderes de opinião em Santo Tirso? Há Tirsenses com opinião? E eu a pensar que estava sozinho nesta luta.

Curioso é também ver que diz ter “um projecto político com objectivos claros: continuar a contribuir para as vitórias do PS em Santo Tirso, no Distrito e no País“. Ou seja, Santo Tirso que se lixe, o importante é o partido e o objectivo é vencer eleições.

Para finalizar, diz que se apresenta “como a candidata melhor posicionada para vencer as próximas autárquicas“. Bem, presunção e água benta cada um toma a que quer, mas contrasta é com o que diz anteriormente onde refere que tem “humildade e verdade“.


PS Sto Tirso: Sondagens e Notícias encomendadas. Vencedores antecipados.

17/11/2012

Ainda há dias tinha sido dado o tiro de partida no PS Santo Tirso, para as Autárquicas 2013. Joaquim Couto e Ana Maria Ferreira apresentavam-se como candidatos às primárias do partido, que decidirão quem será o candidato a Presidente da Câmara Municipal.

As eleições primárias ainda não aconteceram (serão apenas em Dezembro) mas parece que já há vencedor. Pelo menos a julgar pelo cartaz/fotografia que Ana Maria Ferreira publicou na sua página do Facebook, e que podem ver acima. Ou será excesso de confiança?

A verdade é que isto leva as pessoas a pensar que no PS Santo Tirso as coisas se passam como na Venezuela, em Angola, ou na Rússia. Ou seja, independentemente de haver eleições, já se sabe à partida quem vai vencer. Um desrespeito para com os militantes.

Também na sua página do Facebook, Ana Maria Ferreira publica um (mais do que parcial) artigo do Jornal de Santo Thyrso (ao qual muitos chamam, quiçá com razão, boletim camarário) que pretende demonstrar que ela esta mais bem colocada do que Joaquim Couto.

A notícia refere uma bem “encomendada” sondagem (aliás tal como a notícia, que vem “encomendada” na altura certa) que pretende influenciar os militantes do PS nas primárias de Dezembro próximo. Uma “jogada” pouco ética da entourage de Castro Fernandes.

Ao que sei, Joaquim Couto também pediu uma sondagem a uma empresa há uns meses. Essa sondagem dava-lhe a vitória a ele. Se ele a tornasse pública em quem é que os militantes do PS acreditariam? E é por estas e outras que nunca (nunca!) acredito em sondagens.

Actualização: A sondagem de que falei, e que dava a vitória a Joaquim Couto, foi pedida pela Federação Distrital do PS Porto e não por Joaquim Couto, como referi. Obrigado ao leitor atento que me deu essa informação.


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