Alvaro Sobrinho, o ex-presidente do BES Angola veio a Portugal para prestar esclarecimentos em mais uma daquelas inúteis comissões parlamentares de inquérito da AR.
Disse que nunca beneficiou nenhuma empresa ligada a ele, a familiares ou amigos. E com uma expressão muito indignada disse “há uma lei em Angola que proíbe” isso.
Mais tarde, e a propósito de o acusarem de ter desbaratado empréstimos a tudo o que mexia, disse que os processos eram claros e que toda a gente tinha de “preencher uma ficha de aplicação”.
Pois claro. Nós bem sabemos que se há coisa que não existe em Angola é nepotismo. Basta olhar para a família e amigos do Presidente. Todos tesos como virotes e com vidas difíceis de muito suor e trabalho. E de resto também estamos a ver esses mesmos, a preencher fichas de aplicação nos balcões do BESA para pedirem empréstimos.
O mais ridículo disto tudo é os deputados prestarem-se a isto e sujeitarem o país a ser gozado por Angolanos, e também a comunicação “dita” social que publica estas declarações como se fossem coisas perfeitamente válidas e normais.