Até agora eram França e Alemanha, entre outros, que nos davam dinheiro e permitiam que vivessemos acima das nossas possibilidades. Era mau porque tínhamos uma dependência financeira, mas ao menos sabíamos que lidavamos com gente de bem, que tem bom senso, valores e princípios. Sempre é melhor depender do patrão honesto do que do patrão déspota. É que um é solidário e o outro, numa mudança de humor, despede-nos.
Deparamo-nos neste momento com o Governo português a “baixar as calças” a países como Angola, Venezuela e China. É engraçado e até irónico que nesta altura do campeonato – em pleno século XXI e pertencendo ao grupo de países do denominado 1º mundo – o Governo de Portugal venha agora “prostituir-se” junto de países do denominado 2º e 3º mundo, na ânsia de conseguir algum dinheiro para pagar as suas dívidas e não morrer de fome.
Alguns perguntarão “qual é o problema?“. Para começar é uma questão de princípio. Não acho correcto que o Governo português ande de braço dado com ditadores (mais ou menos camuflados). Todos sabemos que Angola, Venezuela e China são países que têm falsas democracias, onde as eleições são manipuladas. São países onde a repressão e miséria do povo contrasta com o livre arbítrio e a luxuosa vida dos seus líderes.
Por outro lado sabemos (e temos provas recentes) que as acções destes países dependem do humor e vontade de um homem só, o que por si só é péssimo. Podemos ter a sorte de num dia o “Querido Líder” acordar bem e estar disposto a ajudar-nos, como o azar de no dia seguinte ele acordar chateado, com um notícia qualquer que saiu na comunicação social portuguesa (e que não abona a seu favor), e cortar a ajuda que prometeu.
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