Já não colava com um, mente-se com outro

28/10/2009

Em 2005 José Sócrates fartou-se de mentir aos portugueses em campanha (baixa de impostos, 150.000 empregos, etc) e venceu assim as eleições legislativas.

Em 2009 José Sócrates não poderia fazer o mesmo, e por isso foram os seus camaradas do PS a fazê-lo. Alberto Martins, como prémio foi escolhido para ser Ministro.


Sócrates não é democrata

16/10/2009

Sócrates falhou as suas tentativas de coligação. É natural, nenhum dos pequenos partidos quer coligar-se com o PS numa altura em que o país está nos cuidados intensivos. Todos os líderes partidários têm em mente a possíbilidade de este governo não durar mais do que 2 anos (talvez aconteça o mesmo que a Guterres) e ninguém se quer “enterrar” com o PS nessa altura.

O PM ficou aziado e preocupado, pelo que tentou sacudir a água do capote, insinuando que se as coisas correrem mal, todos os partidos terão a sua responsabilidade. Primeiro, já está a partir do princípio que as coisas correrão mal (mau presságio); Segundo, afinal em quem os portugueses confiaram a governação do país? Foi ao PS, e não ao PSD, CDS, PCP ou BE.

Além disso, falar de democracia e ao mesmo tempo dizer que sem maioria absoluta não haverá estabilidade e será impossível governar, não é compatível. Um verdadeiro democrata ouve, respeita, e conta com todos os partidos para governar. Mesmo em maioria absoluta, porque afinal de contas, os outros também representam o povo (neste caso representam 60%).


O lado positivo da coisa

15/10/2009

Deus Pinheiro renuncia ao cargo de deputado do PSD. Isto realmente não se faz. É por estas e por outras que o crédito dos políticos está completamente esgotado junto do eleitorado e do povo português.

Mas eu consigo tirar algo de bom desta situação: O presidente da JSD, Pedro Rodrigues, entrará no grupo parlamentar em substituição de Deus Pinheiro. Os jovens portugueses terão no parlamento um dos políticos que mais lutou nos últimos anos pelo futuro deles. E continuará a fazê-lo, não tenho dúvidas disso.


Tiro no Porta(s)-Aviões

30/09/2009

Depois do tiro na Fragata (leia-se “caso das escutas” para descredibilizar Cavaco Silva) o PS atira agora ao Porta-Aviões (leia-se “caso dos submarinos” para descredibilizar Paulo Portas).

O PS e José Sócrates dependiam, antes das eleições, apenas de Cavaco Silva para poderem continuar agarrados ao poder. Daí o lançamento da bomba em pleno período de campanha.

O PS e José Sócrates dependem, depois das eleições, de Paulo Portas para poderem formar um governo estável que lhes permita ficar agarrados ao poder mais 4 anos. Daí lançaram o torpedo logo no dia seguinte às eleições.

É só coincidências não é? Venha mais um fino para esquecer…


O caso que faria a diferença

29/09/2009

Cavaco Silva disse objectivamente que todo este caso foi orquestrado pelo PS com o objectivo de daí tirar partido para as eleições legislativas. Segundo ele tudo teve 2 objectivos: colar a imagem do PR ao PSD e desviar as atenções dos portugueses do que realmente importava na campanha.

O PR disse que a acusação do PS, de que os acessores de Cavaco participavam no programa do PSD, era mentira. E mesmo que fosse verdade, que mal teria? Concordo. Qualquer cidadão tem liberdade para participar civicamente na construção de projectos políticos.

A demissão de Fernando Lima ficou bem justificada. Realmente era insustentável, numa sociedade como a nossa em que as suspeitas são provas confirmadas, deixar a dúvida na opinião publica.

Conclusão: Quem saiu beneficiado com o caso das escutas foi Sócrates. O PS ganhou as eleições porque, numa campanha de casos, os portugueses quiseram lembrar-se dos casos “Preto” e “Escutas”, e esquecer os casos “Freeport” e “TVI”. Não ficam dúvidas de que, se Cavaco tivesse falado antes das eleições o resultado poderia ser diferente.


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