Ontem, no dia em que foi apresentado o relatório do “Grupo de Trabalho para a definição do conceito de serviço público de comunicação social“, pudemos assistir a mais um péssimo exemplo do que tem sido a RTP.
O “Prós e Contras” reclama ser um programa que esclarece as pessoas, mas o facto é que – por culpa da moderadora – só confunde. Fátima Campos Ferreira só quer gerar a confusão e a discórdia. Porque isso é que vende.
É incrível como um programa destinado a falar de políticas do medicamento acaba com vários médicos a contar casos pessoais ou de excepção, para justificar uma opção que tem por detrás uma óbvia segunda intenção.
Quando o debate deveria ser sério, elevado e sensato, acaba por se ver gente formada e com grandes responsabilidades (afinal é a nossa saúde e vida que está nas suas mãos) a comparar medicamentos com bacalhau à brás.
É mais do que evidente a tentativa de os médicos descredibilizarem os Genéricos e o Infarmed, que obedecem a exigentes regras internacionais. O engraçado é que até agora, e mesmo hoje, com medicamentos de marca não sucede o mesmo.
Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Presidente do Infarmed e Director da Faculdade Farmácia Lisboa (especialista em bio-equivalência entre medicamentos) desmentem Médicos com base em factos científicos.
Mas ainda assim, o maior representante dos médicos, continua a querer lançar suspeitas sem fundamentar, e dar mais crédito a histórias de casos de excepção. Esquecendo a maioria dos milhões de pacientes tratados com genéricos.
Também eu tenho casos (que se passaram comigo e não com qualquer conhecido ou familiar) em que os médicos foram incompetentes! Mas isso não me faz desconfiar da classe. É isso que médicos tentam fazer com genéricos e farmácias.
O Bastonário dos médicos acusa farmácias de terem interesses económicos no medicamento. Mas a verdade é que os médicos também os têm, e de forma obscura. Congressos, viagens, presentes e todos os escândalos conhecidos.
Ninguém com dois dedos de testa pode acreditar que os médicos não têm interesse nenhum no medicamento. E que só travam uma batalha desta dimensão porque são uns bons samaritanos preocupados com o doente.
O que nos vale é que ali naquele programa estavam 3 ou 4 médicos que se representam a si e a mais meia-dúzia. Porque a maioria dos médicos não se pode rever naquele bastonário, naqueles colegas, e nas bojardas que das suas bocas saíram.