Quando ontem escrevi que gente como Paula Costa “só chega a estas posições se for ajudada ou empurrada” e que “chegando lá, só se mantêm, roubando cada vez mais, se outros forem incompetentes e irresponsáveis” estava longe de saber que o Ministro Vieira da Silva, o Secretário de Estado Manuel Delgado, ou a Deputada Sónia Fertuzinhos não eram os únicos políticos a chafurdar neste lamaçal.
Foi o artigo da Visão “Como a política, a banca e os negócios apadrinharam Paula, a Raríssima” que nomeou outros, da auto-denominada elite portuguesa. Entre eles vários políticos e ex-governantes. Leonor Beleza, Graça Carvalho, Maria de Belém ou Roberto Carneiro, todos eles ex-Ministors. Fernando Ulrich, Teresa Caeiro, Isabel Mota ou António Cunha Vaz.
Tudo gente que, repito, tinha obrigação de ter mais responsabilidade quando ajuda ou promove alguém. Quando se involve e aceita fazer parte de alguma coisa. Parece-me evidente que todos lá estiveram, ou ainda estão, porque fica bem, e não por se interessarem, o mínimo que seja, pela actividade da tal instituição. Como foi possível isto passar-se debaixo dos seus narizes?
Todos eles fizeram parte dos orgãos da instituição. Fosse no Conselho Consultivo ou na Assembleia Geral. Está bem à vista que apenas fizeram figura de corpo presente. Sendo incompetentes nas suas funções de fiscalização. Se tivessem o mínimo de vergonha, ou respeito pelo dinheiro dos contribuintes, viriam imediatamente a público retratar-se, pedir desculpa, e cooperar com a investigação em curso.