Selecção… um exemplo a seguir pelos políticos?

18/11/2010

A selecção portuguesa de futebol venceu brilhantemente à sua congénere da Espanha, numa exibição que terá sido a melhor a que pude assistir desde que me lembro de ver futebol. A única coisa negativa que tiro deste resultado é o facto de ser mais um sinal de que o crime compensa, dado a Gilberto Madaíl e Cª (essa cambada de déspotas e incompetentes que se serve da FPF). Com estes resultados, nunca mais a FPF será limpa.

A contrastar com a porcaria que há dentro da direcção está o grupo de atletas, entre os quais destaco Ricardo Carvalho, João Pereira, Raúl Meireles, João Moutinho ou Hélder Postiga. Estes são os que têm sinal menos no mediatismo e na conta bancária, mas têm um claro sinal mais na dedicaçao, no espírito de equipa, no amor à camisola. E se Xavi pode ser o melhor do mundo, porque não pode Moutinho ou Meireles? Para mim estão ao mesmo nível.

De resto, há um sinal importante que se pode tirar deste grupo de trabalho: A simples alteração da liderança foi capaz de transfigurar a confiança e a vontade de trabalho do grupo (sensivelmente com os mesmos protagonistas). O líder nem sequer teve de ser o melhor, bastou ser diferente. Não poderá ser este um exemplo a tomar pelos políticos? Não precisamos de um messias no Governo, precisamos apenas de outro Primeiro-Ministro.


Paulo Bento forever?

20/09/2010

Já disse aqui que deixei de dispender muito tempo no futebol. Gosto de ver alguns jogos e no fim desligo. Não tenho paciência para falar de bola. Os penaltis por marcar, as expulsões poupadas, etc. Mas do que vou falar não é futebol, é simplesmente da gestão e da política da FPF.

Faz-me espécie que Gilberto Madaíl e a sua direcção tenham querido, no final do Mundial, demitir Queirós, feito a trapalhada vergonhosa a que todos assistimos, e agora virem à pressa contratar um seleccionador de qualidade muito duvidosa.

Segundo o próprio presidente da FPF este é o último mandato. Não seria portanto mais fácil ter-se demitido logo em Julho e dar tempo para se realizarem eleições? É que assim a nova direcção tinha tempo para escolher o seu seleccionador e não tinha de ver impingido Paulo Bento.

Além disso a escolha é manifestamente má. Sabe-se que nenhuma selecção está junta mais do que 15 dias para preparar jogos. Nenhuma equipa se forma nesse espaço de tempo. Ou seja, o seleccionador tem de ser, acima de tudo, um bom gestor de homens e um bom leitor do jogo (para reagir correcta e rapidamente no decorrer do mesmo).

A única altura em que a selecção está mais tempo junta é (de 2 em 2 anos) antes dos Europeus e Mundiais. Mas mesmo aí, em final de época, os jogadores estão desgastados e não se lhes pode exigir muito. Apenas gerir esforços e mentalidades.

Sabemos que Paulo Bento não tem nem uma, nem outra característica. Ainda por cima é um treinador sem credenciais, sem carisma e pouco respeitado no meio. Como irá ele conseguir construir uma equipa com este cenário e com as “estrelas” que temos?


Selecção: Causas da derrocada

07/09/2010

Depois do empate veio a derrota. Merecida, diga-se. Ao contrário do jogo com o Chipre, Portugal não teve oportunidades de golo flagrante e tremeu sempre que a Noruega se aproximava da baliza de Eduardo. Este evidentemente afectado pelos 4 golos sofridos no Sábado. A Noruega deixou claramente Portugal dominar na posse de bola, para jogar em contra-ataque (depois de ver o Chipre não era dificil decidir estratégia).

As causas da selecção portuguesa sofrer tantos golos em tão poucos jogos? A ausência de um médio defensivo de raíz, vulgo trinco, para dobrar nos contra-ataques e destruir em ataque continuado (que falta faz Pepe…); A inexperiência/má forma dos defesas laterais (Sílvio ainda não tem estofo e entrosamento, Miguel é vergonhoso); A falta de solidariedade dos extremos no processo defensivo (Quaresma e Nani não defendem, ponto!).

As causas para toda esta instabilidade à volta da selecção portuguesa? A falta de liderança de Gilberto Madaíl (não se percebe o porquê de continuar agarrado ao cargo); A existência de um cancro no balneário (Amândio de Carvalho devia ter sido varrido em 86 mas continua por lá); A falta de capacidade, competência e respeito de Laurentino Dias, Secretário de Estado do Futebol (Sim, porque as outras modalidades são desprezadas. Só futebol interessa. Quiçá pensa seguir percurso de Hermínio Loureiro).


Nós merecemos, eles não !

19/10/2009

Depois da vergonhosa fase de qualificação – em que tinhamos manifestamente as melhores individualidades, mas não soubemos transformar em equipa – lá passamos “à rasquinha” (como é nosso apanágio) para o play-off. Agora temos dois decisivos jogos com a Bósnia-Herzgovina para chegar ao Mundial 2010.

Se formos ao Mundial de Futebol da África do Sul, nenhum português se irá lembrar que apesar da crise em que o país está mergulhado, a nossa selecção vai gastar milhões de euros em hóteis de 5 estrelas, viagens em 1ª classe ou jantares de luxo para todos os directores, técnicos e jogadores.

Directores, técnicos e jogadores esses que ganham dezenas ou centenas de milhares de euros por mês, mas mesmo assim exigem prémios milionários para representarem a selecção do seu país. Os mesmos que nas fases de qualificação (que não têm mediatismo) não se esforçam, não trabalham, simulam lesões. Mas depois nas fases finais (em que há TVs a transmitir para todo o mundo) cantam o hino de mão no peito e dão o litro (não vá um contrato melhor caír do céu).

Por mim, borrifo-me para estes senhores. Eles não merecem ir a mundial nenhum. Nós, o povo português, até que mereciamos, para nos levantar a moral. Mas estes “meninos”… Claro que haverá sempre excepções que confirmam a regra: por exemplo Deco, Pepe ou Raúl Meireles.


Andamos todos enganados

13/08/2009

Ao contrário do que todos disseram, não acho que o jogo com o Lichenstein tenha servido para levantar a moral da equipa com golos. Muito pelo contrário, viu-se que a vontade de jogar daqueles atletas é pouco mais que nenhuma.

O que falta à selecção é vontade de jogar por Portugal, é solidariedade entre jogadores, é entre-ajuda dos colegas, é raça e crer. Qual seria a melhor maneira de despoletar estes sentimentos nos jogadores? fácil, muito fácil.

Devíamos ter jogado com Espanha, França ou Angola. Nestes jogos, a rivalidade histórica vem à tona, nem que de um amigável se trate (alguém se lembra dos últimos “amigáveis” com Angola?). E os jogadores deixam tudo em campo.

Esta sim seria a solução para a nossa selecção. Porque golos… golos sabemos marcar nós. Temos H.Almeida, Ronaldo, Simão, Deco, Meireles, Nani, B.Alves e R.Carvalho. Rotinas de jogo? rotinas de jogo não nos faltam. Há quantos anos se conhecem estes atletas?

Os nossos dirigentes e técnicos andam todos enganadinhos, e ninguém sequer alerta para isto. Os jornalistas desportivos também só se interessam pelos nº de golos do Ronaldo, a quantidade de internacionalizações do Simão, ou o clube para onde se transferirá Bosingwa.

Como se costuma dizer, futebol que é bonito… nicles. O povo deixa-se levar pelo que houve na TV e lê nos jornais. E a selecção a caminhar para o abismo.


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