PEC – Programa Enganar Cidadão

O tão esperado PEC, que muitos pensariam ser a solução para os nossos problemas, apenas traz mais do mesmo. Medidas que sacrificam a classe média, que atacam demagogicamente os ricos (para inglês ver), que desprezam ainda mais os desprotegidos e que no final pouco ou nada adiantam para que se coloque as contas públicas em ordem. Senão veja-se…

Os funcionários públicos perderão poder de compra (e o congelamento dos salários não está colocado de parte), a redução das deduções fiscais na saúde e educação comportarão um encapotado aumento de impostos, e as SCUTS vão ser portajadas.

A demagogia continua ao criar-se uma taxa de 45% no IRS que incidirá sobre os rendimentos superiores a 150 mil €/ano, e colocando as mais-valias conseguidas através de vendas mobiliárias tributadas a 20%. Além disso, também as mais-valias obtidas com operações realizadas num período superior a um ano serão tributadas. Mais demagogia na redução de 40% das verbas para a Lei de Programação Militar.

Os pensionistas cujo valor da reforma é superior a 22500 €/ano vão pagar mais impostos e o desemprego será superior a 9% durante os próximos quatro anos.

A confirmação de que estas medidas de pouco ou nada adiantam, vem com o anúncio de que o TGV (essa obra estratégica e impreterível segundo Sócrates durante a campanha eleitoral) vai ser adiado, e que o Governo (que tanto atacou MFL com as receitas extraordinárias) pondera pôr à venda as suas participações nos CTT, EDP, REN, TAP, GALP e seguros da CGD.

Razão tem Pedro Santos Guerreiro no Jornal NegóciosQualquer leitor de jornal percebe à primeira de que forma vai pagá-lo. Mais impostos, menos apoios sociais, menos salários no Estado” […] “As taxas dos impostos não aumentam, mas a razia nas deduções fiscais vai acabar pôr a classe média a pagar mais IRS no fim do ano” […] “A carga fiscal sobe e, pelo meio, atacam-se incentivos errados” […] “O PEC português foi construído à porta fechada, dispensando o acordo dos partidos, dos sindicatos e dos patrões” […] “os países afectados pela crise nos mercados internacionais estão a construir uma história (redução salarial na Irlanda, corte do subsídio de férias na Grécia, aumento da idade de reforma em Espanha)“… e nós estamos assim.

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