#Presidenciais A candidatura de Manuel Alegre

O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita“. A candidatura de Manuel Alegre gerou muita polémica no seio do seu partido, que só lhe deu apoio oficial muitos meses depois de este a ter apresentado. O problema prendeu-se com o que Alegre fez na AR nos últimos anos, com o facto de ter avançado antecipadamente tentando condicionar o partido, e também por causa de ter sido desde logo apoiado pela esquerda radical do BE.

Alegre mostrou-se totalmente incapaz de gerir timmings e sensibilidades, bem como foi inábil no discurso ao longo deste processo. Curiosamente estas são algumas das capacidades que um PR terá de ter. Além disso, o poeta mostrou também uma enorme incapacidade para capitalizar o milhão de votos que teve em 2006. Mais, conseguiu desperdiçar muitos deles com as posições que tomou. Um político sagaz navegaria agora a onda desses votos em duplicado.

Mas se a fraca prestação política de Alegre não seria surpresa para os mais atentos, já a falta de honestidade intelectual e o recurso a ataque baixos surpreendeu muitos dos que lhe tinham respeito. É nas alturas más que se vê o verdadeiro carácter do homem, e Alegre chumbou neste exame. Quando se viu em dificuldades (por causa do insucesso da campanha e da falta de apoio do PS) desesperou e partiu para um discurso ignóbil.

O comentário sobre a morte de Saramago versus a morte de um Banqueiro foi das coisas mais desprezíveis que se viu na campanha. Nem Defensor de Moura conseguiu descer tão baixo. Nos últimos dias – admitindo que não tinha a informação toda – condenou as bastonadas e detenções da PSP num grupo de manifestantes desordeiros. Nunca pode ser Chefe de Estado e das Forças Armadas, um homem que não respeita as autoridades, e fala levianamente de assuntos tão importantes.

A segunda candidatura de Alegre transformou-se num fracasso e revelou um homem com “h” pequeno que não tem estatura intelectual ou moral para ocupar o cargo de Presidente de Portugal.

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