Estadistas de 3ª categoria

De vez em quando a comunicação “dita” social gosta de ir “ao fundo do baú” buscar uns políticos “afastados”, e pedir-lhes opinião sobe certos assuntos. Fá-lo no sentido de tentar credibilizar, certas opiniões, já que os políticos no activo não o conseguem.

Vão buscar políticos que já não têm ambição/possibilidade de voltar ao poder, porque assim julgam dar uma isenção extra à sua opinião. E pensam que as pessoas são parvas e não percebem que, na maioria das vezes, essas opiniões são concertadas com os partidos.

Basta estar atento, verificar quais as posições/negócios/funções que essas “mentes livres” desempenham e juntar 2+2, para perceber se a sua opinião é mesmo livre e espontânea ou se é um favor que fazem a quem lhes arranjou essa mesma posição/negócio/função.

O mais engraçado é que qualquer um serve para interpretar este papel mesmo que tenha sido uma nódoa – tendo acções e posições vergonhosas – quando esteve na política activa. A maioria dos portugueses têm memória curta e selectiva, e há que aproveitar isso mesmo.

Pois por mim, esses senhores que foram políticos de 3ª categoria e que agora vêm falar como se fossem grandes estadistas, podem mugir à sua vontade. Entra-me a 100 km/h e sai-me a 1.000 km/h. Não têm capacidade, credibilidade, ou sequer moral para opinar sobre certos temas.

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