Em quase todas as famílias existe um filho pródigo (1). Mas lá no fundo – debaixo da preguiça, do desleixo, da falta de respeito e da rebeldia – o filho tinha amor pelos pais, e acabava por ganhar juízo e endireitar. Hoje em dia, neste mundo cada vez mais egoísta, já nem isso. Esses filhos não têm escrúpulos e são capazes até de vender os próprios pais para “subir” na vida.
Conheci o caso de um casal (2) que se tinha esforçado imenso para ter uma vida desafogada. Durante anos trabalharam para juntar um “pé de meia” e prepararam-se para construir uma família. Tiveram um filho. Filho único – mimado e com tudo facilitado – tornou-se pródigo. Não estudava, nem queria trabalhar.
Chegado a adulto tudo piorou. Continuava a exigir dinheiro para fazer o que lhe apetecia e ameaçava sair de casa se os pais não lhe fizessem a vontade. O amor sobrepunha-se à razão e o casal continuava a desculpá-lo e a dar-lhe dinheiro. Enquanto os pais se esforçavam (3) todos os dias no trabalho, o menino comprava telemóveis topo de gama, roupa de marca e automóveis. Nas férias o casal ia para a Caparica, enquanto o filho esquiava em Dezembro e ia para o estrangeiro no verão.
Um dia os pais fartaram-se e fizeram-lhe um ultimato. Afinal de contas, depois de tantos anos de regabofe do menino, a situação financeira era insustentável. O “pé de meia” tinha-se esgotado e já tinham várias dívidas contraídas pelo filho. Vai daí o rapaz prometeu endireitar-se, pediu-lhes apenas mais um esforço. O amor de pai fê-los confiar nele.
O casal endividou-se mais uma vez (4) para que o filho pudesse abrir o negócio que desejava, uma loja de computadores. Passados uns meses a situação era ainda pior. A empresa não vendia, e em vez de trabalhar o filho comprava inutilidades e fazia grandes jantaradas com os amigos, armado em empresário chico-esperto. Os pais confrontaram-no e ele, com enorme cara de pau, pediu um novo cheque em branco (5), afirmando que desta vez é que se endireitava.
Legenda:
(1) filho = José Sócrates
(2) casal = Povo português
(3) 1º esforço = PEC
(4) 2º esforço = PEC II
(5) Cheque em Branco = OE2011
Desalinhado 
Excelente – como já reparou, o Blog Geopedrados “roubou” o post, indicando autor e origem…
Obrigado. Já tinha reparado e agradecido.
Pois é! Concordo com a abordagem, aos olhos de todos nós humildes provincianos, é bem esclarecedora da realidade que temos. Mas, discordo totalmente da subliminar conclusão. Ou seja, na sequência do que vem sendo dito e que eu já critiquei, a de que então devemos desde já reprovar o orçamento.
Isso, para mim, será mandar esta cambada, que nos trouxe para esta situação, toda embora para casa com o bolso cheio. Deixando-nos sem solução à mercê da desgraça social, económica e financeira. Ainda por cima, sem “guarda-chuva” e com os credores todos às costas…
Porque, convençam-se, eles vão para casa sim mas com o bolso cheio… E com a razão pelo seu lado.
Porquê? Perguntar-me-ão todos em uníssono.. Porque se vão apresentar como vitimas, e vão ser aceites como tal pelo Povo que ainda não se apercebeu verdadeiramente da realidade e do que o espera já em Janeiro de 2011…
E, ainda, porque alguém lhes vai arranjar lautas saídas em grandes empresas do regime ou em qualquer organização não governamental, com mordomias e vencimentos que jamais encontrariam a trabalhar aqui no duro…!!??!! Vide o Pinho dos “corninhos”…
Esse é que é o problema, afundaremos o País sem que pedagogicamente o Povo sinta o quanto de mal se fez em seu nome nestes anos de loucura socialista.
Por isso, aprove-se o OE que não há de imediato outro remédio! Passemos os próximos meses a sentir o aperto de cinto dos próximos anos.
Então, aí sim! Depois da eleição do Presidente. Depois de passados todos os contrangimentos constitucionais. Depois de sofrermos na pele o efeito destes últimos anos de mentiras e irresponsabilidades Socialistas. Venha o julgamento e avance-se decididamente para o questionar do País, do Modelo Social, do Modelo Económico e, principalmente, do modelo Político…
Eu compreendo perfeitamente essa posição, mas numa situação como esta (que económica e financeiramente vai piorar de qualquer forma, continuando ou caindo este governo) eu agiria como Sá Carneiro. O histórico líder do PPD/PSD sempre se regiu pelo princípio de “antes quebrar que torcer”. E além disso esteve sempre em 1º lugar o interesse do país. Neste momento não é, de todo, do interesse de Portugal a continuidade deste bando de incompetentes, nepotistas, mentirosos e chicos-espertos.
Estou plenamente de acordo.
Contudo penso que existem duas opções em aberto:
Aprovar o orçamento significa, aprovar a maior borrada economico/contabilista orçamental mas com a vantagem dos bancos continuarem a poder buscar dinheiro ao exterior, sem prestarem contas a ninguém. O resultado deste orçamento será o próximo ano com mais austeridade porque não vamos suportar esta necessidade de despesa criada pelo estado (que nem sabe onde e como gasta).
A outra opção será reprovar o orçamento, o financiamento exterior fica em causa. ficamos sem dinheiro para pagar as contas públicas, o BPI quase que cai porque está directamente ligado em mais de 20% à dívida suberana nacional. MAS por outro lado que se lixe, o que realmente isto precisa é de outra gente à frente (e outros não é PSD) é esperar por candidaturas minoritárias e avaliar seriamente quem é que tem CV pk isto de pontas de lança partidários a tomar conta disto sem nunca terem percebido o que é gerir o seu próprio dinheiro…., como lhes vamos dar mais “(5) Cheque em Branco = OE2011”????