Como estou de férias, pude ver em directo o anúncio dos países organizadores dos campeonatos mundiais FIFA 2018 e 2022. Sinceramente pouco me importava se Portugal (aliado à Espanha) vencia. Para falar verdade, esperava que não vencesse, porque isso seria mais um motivo para deixar o país desviado do essencial.
Não gostei de, mais uma vez, ver que estivemos tão mal representados nas instâncias internacionais do futebol. Foi incrível e visível o mau perder dos portugueses. Isto diz muito do nosso carácter como país. Entre outros, estavam presentes Eusébio e Laurentino Dias, que ficaram com um sorriso amarelo estampado na cara.
Os comentadores de TV falaram em “interesses comerciais” a influenciar a decisão. Nuno Luz (jornalista SIC) escreveu mesmo através do twitter: “Voltou o dinheiro a ser decisivo“. A falta de fair play tolda a visão de muitos portugueses que até falaram de “falta de infra-estruturas no Qatar” esquecendo-se que Portugal também não as tinha quando ganhou a organização do Euro2004.
Se alguém tinha dúvidas sobre o mau perder dos nossos representantes apenas tinha de ler o twitter de Nuno Luz: “Dizem os membros da candidatura ibérica que a partir de agora não vale a pena dar informações técnicas o que conta é o dinheiro“. Também José Lello (deputado e ex-Ministro Desporto do PS) escreveu: “Qatar ganhou na FIFA. Russia ganhou na FIFA. Quem paga ganha!”
Confesso que fiquei satisfeito com a escolha da Rússia para 2018 e Qatar para 2022. Porquê? O João Almeida (deputado CDS e presidente CF Belenenses) disse-o bem: “As escolhas da FIFA são absolutamente normais. No mundo actual, Rússia e Qatar abrem novos horizontes. Outras escolhas seriam mais do mesmo“.
De resto, a derrota de Portugal pode trazer muitas coisas positivas: 1) É menos um motivo para a construção do TGV; 2) É mais um motivo para Gilberto Madaíl sair da FPF; 3) A selecção vai ter de trabalhar e de se esforçar para garantir a qualificação para a prova.
Também fiquei satisfeito com a escolha.
e acho os comentários que o Luis refere absolutamente ridiculos.
Ãfinal a Rússia é o maior país do mundo e nunca tinha organizado a fase final de um europeu ou um mundial.
É uma escolha justa e que leva o futebol a um mercado imenso.
Quanto ao Qatar discordo da escolha por completo mas não é disso que o post trata essencialmente.
E naturalmente que concordo com as suas conclusões.
Especialmente com a necessidade do futebol português se livrar em definitivo do sr Madail.
P.S. Compreendo o desespero de alguns socialistas.
Lá se foi o negócio…
Caro Luís,
Estamos de acordo em relação ao essencial, e de facto, como diz, alguns socialistas terão ficado tristes porque as negociatas foram por água abaixo. Principalmente no que concerne a novas acessibilidades e ao TGV. Quanto ao Qatar, é natural que eles ainda não tenham as condições necessárias, mas não faltará tempo e dinheiro para as criar e surpreender o mundo. Já ouvi dizer que vão construir um estádio subterrâneo.