PSD tem passado, presente e muito futuro

Ainda há nos quadros do PSD grandes homens, grandes politicos, grandes pensadores. Entre outros: Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Santana Lopes, Alberto João Jardim ou Luis Marques Mendes. Estes, foram dos poucos que utilizaram bem o congresso (o orgão máximo onde se devem discutir opções para PSD e Portugal) e mostraram respeito pelos militantes. Subiram ao púlpito e discutiram, reflectiram e fizeram propostas para o partido e para o país. Incutiram a discussão de ideias e ideologias. Não fizeram campanha eleitoral.

Infelizmente estes não foram correspondidos nem pelos seus companheiros com responsabilidades, nem pelos congressistas, nem pela comunicação “dita” social. Os primeiros – à excepção de alguns como p.ex. Aguiar Branco – apenas se preocuparam em fazer campanha eleitoral e declarar apoio a um dos 3 candidatos. Muitos dos congressistas estiveram lá apenas para cacicar, e nem sequer respeitaram quem falava – R.Machete foi até obrigado a pedir menos ruído na sala (qual prof. da primária). Quanto aos jornalistas só falaram de tácticas e cenários individuais – o que seria melhor para Cavaco, Portas, Sócrates ou para os 3 candidatos. Sobre ideias e soluções para país ou partido, nada!

Aliás a vergonha dos media chegou ao ponto de darem honras de directo e de reportagem a F.Costa, um militante que, entre outra bojardas, disse “traga-me um copo de vinho, água é para meninos […] se não mentisse não era presidente de Câmara”. Houve até um imbecil comentador que na rádio disse ter sido este o melhor momento do congresso.

É por estas e por outras que o PSD perde credibilidade e é satirizado. Estes episódios não abonam nada a favor do PSD. Mas há militantes que ainda não se convenceram disso. Ou pelo menos não se convencem por conveniência. Comentei na altura do discurso de F.Costa que este era mais um Tino de Rãs e que o facto de ter chamado a atenção dos media não era necessáriamente bom. Um militante que prezo, apoiante de PPC veio logo dizer-me que F.Costa estava no PSD desde 74 com Sá Carneiro. Ora, ter apertado a mão ao fundador não faz de ninguém um bom político, senão garanto-vos que arranjava maneira de apertar a mão ao Cristiano Ronaldo.

Dos 3 companheiros de que tanto se fala, JPAB esteve melhor, com mais conteúdo. Transmitiu força, determinação e energia para reformar Portugal, trouxe ideias novas e claras. PR teve um bom discurso, que foi uma cópia do que tinha feito no Porto na semana passada. De qualquer forma não me convenceu ainda. PPC desiludiu e muito. Queria passar uma imagem de estadista e acabou a dar tiros nos pés. Além disso criou deliberadamente fracturas internas ainda maiores.

Também houve tempo para ouvir alguns remoques, principalmente de ex-líderes. Pedro Santana Lopes esteve bem, a meu ver, atacando Cavaco Silva por causa da “má moeda” ou PPC por causa da sua postura em ano de 3 eleições. Luís Filipe Menezes também disse muitas verdades sobre o tempo em que foi presidente. De qualquer maneira queixou-se da “belicosidade interna” e pediu para acabarem com ela, mas diga-se que não deu o exemplo.

De uma maneira ou de outra, viu-se que o PSD está vivo. Tem um grande passado, um presente bem vivo, e poderá ter um futuro muito risonho se assim os militantes quiserem. O primeiro sinal deve ser dado já no dia 26 Março aquando das directas. Os militantes deverão ir votar em massa, e escolher o que será melhor para o PSD voltar a ser o de Sá Carneiro e de Cavaco Silva. Altura em que conseguimos conquistar o povo e governar Portugal.

2 thoughts on “PSD tem passado, presente e muito futuro

  1. Quem axa k PSL, MRS; AJJ e MM são as referências do PSD, deve ser de outro partido, k não o PSD do futuro, do desenvolvimento, de Portugal.
    Há k acabar com as referências a “monstros” k se dizem históricos no PSD. A regeneração é feita por gente com sangue na guelra, com ideias para o futuro, com a IDEIA de salvar Portugal. E não é com Pedro Passos Coelhos ou Rangeis k lá vamos.
    A democracia faz-se de desenvolvimento, e esses srs. e os outros, já mostraram k kerem é mais do mesmo.
    Assim, mais vale fazer 1 congresso e extinguir o PSD.
    Baralhem e deêm de novo. Precisa-se de gente para o país e não do país para essa gente.

  2. Caro António Oliveira,

    Queria perguntar-lhe se o seu pai, mãe ou avós não faziam parte da sua família “de futuro” a partir do momento em que fizeram 50 anos…

    É necessário ouvir-se quem sabe mais, quem tem mais experiência de vida, de trabalho, política. É bom ouvir-se os anciões e os históricos. Afinal foram eles que construíram o partido e sabem bem o que queriam.

    O PSD foi bem implantado no país por Sá Carneiro e os seus companheiros. O PSD não acabará porque tem uns alicerces bem fortes. Apenas precisa de se reencontrar, depois de uns anos longe da confiança dos portugueses.

    Temos de encontrar quem, como diz, queira servir o país e não servir-se dele. Parece-me que neste congresso pudemos ver que o PSD ainda tem gente dessa: MRS, PSL, LMM, JPAB…

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