Na entrevista dada hoje ao jornal i, Marco António Costa não se conteve, mais uma vez.
MAC tem toda a razão quando diz que “Há pessoas no PSD que ainda não perderam o vício de acharem que pertencem a uma certa aristocracia política… deve marcar a vida interna do partido“. Existe de facto uma pseudo-elite em Lisboa que continua a querer mandar no partido.
E para essa pseudo-elite vale tudo para se manter no poder. Até “comer os próprios filhos”. Por isso concordo com MAC quando ele diz que “Ela [MFL] não merece o que lhe está a ser feito, por algumas pessoas que a empurraram para que fosse líder do partido e que neste momento já estão preocupadas em arranjar um sucessor”
Mas como sempre MAC dá uma no cravo e outra na ferradura. Mais uma vez tem o atrevimento de tentar pressionar Rui Machete “Apenas pretendo que o presidente da mesa do congresso pondere estes factos, que alteram objectivamente a decisão de não serem marcadas eleições directas no partido… deverá assumir as responsabilidades decorrentes do cargo que ocupa“. Não me parece que MAC tenha autoridade alguma para pressionar um histórico do partido.
Se MAC está tão preocupado com o futuro do partido, o melhor contributo que pode dar, para já, é conter-se nas críticas e lutas internas. Se MAC está apenas preocupado em deitar abaixo as pseudo-elites de Lisboa, para colocar lá outras pseudo-elites, então vai no bom caminho.
É uma chatice quando estes políticos do Norte aspiram chegar aos lugares em Lisboa. O MAC podia falar do definhar do Aeroporto Sá Carneiro, do adiamento unilateral da ligação em Alta Velocidade entre o Porto e Vigo, entre outros assuntos importantes para a região Norte. Mas não, querem é falar das eleições no PSD. Ainda não entenderam que com isto prestam um grande favor ao PS, que passa ao lado das notícias.
Exactamente caro Nuno. O grande problema é esse. Alguns políticos do norte querem fazer parte daquela classe a que costumamos chamar de “alisboetados”. E na ânsia de ocupar lugares de poder em Lisboa, ficam cegos. Com isso prestam um péssimo serviço ao partido, e consequentemente ao país.
Os vossos comentários demonstram bem o infeliz centralismo de Lisboa! Continuem assim… qualquer dia o PSD passa de partido nacional a partido local.
Cara Carolina,
Os nossos comentários demonstram o centralismo de Lisboa? Como assim… não entendi. Deve ter-se equivocado. Não?